STJ mantém acusados de matar Dom e Bruno em presídios federais
O ministro Ribeiro Dantas negou ontem à noite liminar apresentada pela defesa dos três acusados, que pedia a volta dos suspeitos para um presído em Manaus (AM).
Ao analisar o recurso, o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) não constatou urgência que justificasse a concessão de uma liminar.
Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado", está em Catanduvas (PR), enquanto Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos santos", e Jefferson da Silva Lima, o "Pelado da Dinha", estão em Campo Grande (MS).
A defesa dos acusados argumenta que a transferência para os presídios federais impossibilita a visita de familiares, por serem pessoas pobres, além de enfraquecer o trabalho da defesa.
O UOL tenta contato com a defesa dos acusados sobre a decisão. Caso haja resposta, o texto será atualizado.
Risco de fuga. Em dezembro, os três foram transferidos de Manaus para presídios federais em outros estados.
A Polícia Federal e o MPF (Ministério Público Federal) entenderam que havia risco de fuga e risco de morte no presídio estadual, já que o suposto mandante não teria sido identificado ainda.
Além disso, o MPF viu indicativos de que os investigados podem estar vinculados a associação criminosa e que as mortes tiveram correlação com as atividades em defesa da coletividade indígena.
O caso
O indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Philips foram mortos em junho do ano passado, quando navegavam pelo rio Itaquaí, nas proximidades da Terra Indígena Vale do Javari (AM).
Os executores foram Amarildo Oliveira, o Pelado; seu irmão Oseney de Oliveira, o Dos Santos; e Jefferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha, conforme denúncia do MPF.
No mês passado, a Polícia Federal no Amazonas afirmou que os assassinatos do indigenista e do jornalista tiveram um mandante.
Segundo o ex-superintendente da PF Eduardo Fontes, que esteve no cargo durante a maior parte das investigações, o caso está 90% concluído e há "indícios veementes" de que Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, é o mandante dos crimes.
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