A quebra do sigilo não significará que saberemos realmente se Jair Bolsonaro (PL) foi vacinado ou não contra a covid-19. Para o colunista Josias de Souza, em participação no UOL News desta quinta, há tantas camadas de mentiras envolvendo o ex-presidente que a revelação do conteúdo do cartão de vacinação dele pode não ter valor algum.
Mesmo com a divulgação da informação, nós não saberemos a verdade. As mentiras do Bolsonaro mostraram que, por baixo da onda de mentiras, havia sempre outras mentiras. Imagine a seguinte cena: ele pode ter chamado alguém ao Palácio do Alvorada para aplicar a vacina e pedir para não registrar isso no cartão de vacinação. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias defende a ação da CGU (Controladoria Geral da União) na quebra do sigilo do cartão de vacinação de Bolsonaro por conta de todo o contexto das ações do ex-presidente durante a pandemia.
Seria uma decisão equivocada [da CGU] não divulgar. O Bolsonaro tem direito de não divulgar essa informação? Essa discussão é lícita, mas a dúvida sobre a vacinação do presidente surgiu em um ambiente em que havia uma busca por vacina e o governo conspirou contra a vacinação. Em um ambiente assim, não é lícito que o presidente esconda da sociedade a sua situação. Josias de Souza, colunista do UOL
Calejon: Bolsonaro conduziu maior processo de estelionato eleitoral do país
Cesar Calejon foi categórico ao analisar as denúncias de que Jair Bolsonaro (PL) pagou despesas de sua campanha para a reeleição à Presidência com o cartão corporativo e usou a Caixa Econômica Federal para fins eleitorais. O jornalista vê indícios suficientes para que o ex-presidente perca seus direitos políticos.
Existe materialidade suficiente para afirmar que Bolsonaro conduziu o maior processo de estelionato eleitoral da história do país comprando votos. Ainda assim, foi derrotado nas urnas. O TCU [Tribunal de Contas da União] está fazendo o papel que lhe cabe ao analisar os gastos no cartão corporativo. Parece ser uma questão de tempo para que Bolsonaro se torne inelegível. Cesar Calejon, jornalista
Presidente que resistiu à pressão de deputados por verbas caiu, diz Cesar Calejon
Cesar Calejon alertou que o último presidente a tentar resistir à pressão do Congresso sofreu impeachment. Ao analisar o acordo entre o governo Lula e Arthur Lira (PP) para distribuir parte da verba de ministérios a deputados novatos, o jornalista concorda tratar-se de uma forma questionável de negociação, mas disse que ainda não é possível encontrar outra maneira de fazer isso sem comprometer a governabilidade.
É uma questão absolutamente sensível. Precisamos contemplar o interesse público e existe pouca racionalidade na forma como esta verba está sendo alocada. Não existe outra forma de se fazer isso? A meu ver, histórica e culturalmente, não. A presidente que tentou fazer isso caiu. Isso ficou muito claro quando Temer disse que ela caiu por conta de desgaste junto ao Congresso. Cesar Calejon, jornalista.
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Quando: de segunda a sexta, às 8h, às 12h e 18h.
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