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Governo paga R$ 430,5 mil a equipe de Bolsonaro nos EUA em menos de 2 meses

Bolsonaro, durante palestra nos Estados Unidos - JOE SKIPPER/REUTERS
Bolsonaro, durante palestra nos Estados Unidos Imagem: JOE SKIPPER/REUTERS

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

23/02/2023 10h36

O governo federal já gastou mais de R$ 430,5 mil com assessores que acompanham Jair Bolsonaro (PL) nos Estados Unidos. Os valores são parciais porque ainda não há uma previsão de retorno do ex-presidente ao Brasil. Os dados foram levantados pelo UOL por meio do Portal da Transparência.

  • Sérgio Cordeiro: R$ 102.598,07
  • Max Guilherme de Moura: R$ 97.753,97
  • Marcelo Costa Câmara: R$ 95.173,08
  • Ricardo Dias dos Santos: R$ 67.411,26
  • Osmar Crivelatti: R$ 67.660,92

Os recursos são destinados para pagar hospedagem e alimentação de funcionários do ex-mandatário. Por lei, ex-presidentes têm direito vitalício a quatro servidores para segurança e apoio pessoal; dois veículos oficiais, com motoristas; e assessoramento de dois servidores ocupantes de cargos em comissão.

Gastos com diárias de hotel, passagens de avião, combustível e seguros também estão previstos. Todas as despesas são pagas pela Presidência da República. O UOL considerou ainda valores pagos pelo Ministério das Relações Exteriores relacionados à viagem dos servidores de Bolsonaro para os EUA.

Possível retorno ao Brasil em março

Bolsonaro está nos Estados Unidos desde 30 de dezembro de 2022. A jornalistas norte-americanos, ele afirmou que voltará ao Brasil em março para liderar a oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele viajou para a Flórida antes de terminar o mandato e rompeu a tradição de passar a faixa para o sucessor.

Desde meados de janeiro, o ex-presidente tem afirmado retornará ao Brasil, sem especificar quando. Interlocutores do PL consultados pelo UOL dizem que a medida é uma orientação da própria defesa de Bolsonaro.

Sem a AGU (Advocacia-Geral da União), os novos advogados do ex-presidente preparam uma narrativa consistente para apresentar ao STF (Supremo Tribunal Federal) e à PF (Polícia Federal) em processos sobre os atos com pautas antidemocráticas realizados em 8 de janeiro, em Brasília.

No início deste mês, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que o marido não deve voltar ao Brasil tão cedo. Ela retornou ao Brasil em 27 de janeiro deste ano. Com visto diplomático vencido, Bolsonaro solicitou autorização para permanecer em solo norte-americano como turista.