Aumento do desmatamento é 'uma espécie de revanche', diz Marina Silva
A ministra do Meio Ambiente disse que o governo Lula (PT) encontrou uma "situação de terra arrasada", mas trabalha para "fazer jus ao compromisso de reduzir o desmatamento".
A jornalistas, ela comentou hoje sobre o novo recorde de alertas de desmatamento em fevereiro na Amazônia.
Estão desmatando mesmo no período chuvoso. É uma espécie de revanche às ações que já estão sendo tomadas na ponta. E vamos continuar trabalhando, este é o nosso objetivo. Nós não somos como o governo anterior, os dados são transparentes. As pessoas têm acesso aos dados em tempo real, exatamente para que a gente possa atuar de acordo com a gravidade do problema."
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente
Até a última sexta-feira (24), foram desmatados 208,75 km², aponta o sistema Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Mas os dados podem ser influenciados por nuvens que cobriram parte da região em janeiro.
Segundo a ministra, o que foi identificado é uma "ação criminosa". Ela disse que o governo está se preparando para o enfrentamento.
O plano de prevenção e controle do desmatamento vai ser atualizado e implementado em abril, mas que já agem "emergencialmente em várias frentes".
As coisas não são mágicas. Temos a clareza da complexidade do problema e estamos trabalhando para que ele venha a cair estruturalmente."
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente
Hoje, Marina —junto com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e outros representantes do governo— participou de uma reunião com o enviado especial do governo dos Estados Unidos para o Clima, John Kerry.
Segundo Alckmin, o encontro foi proveitoso e os EUA garantiram que vão enviar recursos à Amazônia.
No início deste mês, após encontro de Lula com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a Casa Branca já havia anunciado doações ao Fundo Amazônia. A negociação prevê um pagamento de cerca de US$ 50 milhões (R$ 261 milhões) ao fundo, que foi criado em 2008, e funciona com pagamentos baseados em resultados de conservação da floresta amazônica.
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