Amazônia registra novo recorde de alertas de desmatamento em fevereiro
A Amazônia registrou um novo recorde de alertas de desmatamento para fevereiro mesmo antes do mês acabar, mas os dados podem ser influenciados por nuvens que cobriram parte da região em janeiro, diz um especialista.
Até esta sexta-feira (24), foram desmatados 208,75 km², aponta o sistema Deter (Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real), do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
O último recorde era de fevereiro de 2022, quando os alertas apontaram para a destruição de 198,67 km². O fechamento oficial dos dados do mês será feito apenas na próxima sexta-feira (3).
Dos estados da Amazônia Legal, Mato Grosso acumula, até o momento, 129 km² de alertas de destruição da floresta.
Ações de Lula ainda não refletem nos dados
Para Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima —uma organização que reúne entidades da sociedade civil relacionadas ao clima —, os dados avaliados nesses dois primeiros meses de 2023 não podem ser atribuídos a ações ou omissões da atual gestão.
No mês passado, em contraste com os dados de fevereiro, o Deter havia apontado queda de 61% de desmatamento em relação a dezembro.
No sistema Deter, você pode ter muitas nuvens em um mês, e depois o mês seguinte acaba fazendo a leitura desses locais que, por conta das nuvens, ficaram impossibilitados de serem lidos. Pode ter dado essa diferença."
Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima
"Era óbvio que em janeiro a gente não veria, nos números de alertas, as ações do governo.", pontua.
Astrini estima que os reflexos do governo Lula, para a queda no desmatamento ou para a manutenção da curva de crescimento, podem ser avaliados mais para frente —"em dois ou três meses", avalia.
O desmatamento zero é uma das principais bandeiras do atual governo após anos de recordes negativos registrados na gestão de Jair Bolsonaro (PL).
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