Janja e EBC são alvo de ação na Justiça por causa de live em canal estatal
A ação popular com pedido de urgência foi protocolada pelo vereador paulistano Rubinho Nunes (União Brasil-SP) na Justiça Federal de São Paulo.
O que o vereador alega e pede:
- Para Nunes, Lula usa a empresa mantida com recursos públicos para benefícios próprios, "como se fosse o seu canal de televisão".
- O político aponta que a EBC precisa ter independência editorial diante do Governo Federal, mas isso não é o que está acontecendo.
- Nunes pede que a Justiça mande retirar do ar o programa exibido pela EBC no dia 7 e suspenda a presença de Janja como "apresentadora da empresa pública".
- O vereador também solicita a intimação da AGU (Advocacia-Geral da União) e da Procuradoria-Geral para reconhecerem o pedido.
É inadmissível que uma empresa pública de comunicação seja utilizada de forma ilegal para que a esposa do Presidente da República enalteça os 'atos positivos' do seu marido, tudo pago com dinheiro público e em completo desvio de finalidade."
Ação protocolada pelo vereador Rubinho Nunes
O que aconteceu:
- Na noite de terça-feira (7), a primeira-dama, Janja Lula Silva, fez uma live no canal do YouTube da "TV Brasil Gov", administrado pela EBC.
- A transmissão, chamada "Papo de respeito", teve como assunto a violência contra mulher, na véspera do 8 de março.
- A live teve como entrevistada a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. A apresentadora Lua Xavier também participou da transmissão.
- De acordo com a assessoria da primeira-dama, Janja programou novas lives em formatos semelhantes, entrevistando ministros e outras autoridades do governo.
- A transmissão foi alvo de críticas de políticos contrários ao atual governo.
EBC diz que não foi notificada sobre ação
Ao UOL, a empresa disse que "cumpriu o contrato de prestação de serviços firmado com a Secom (Secretaria de Comunicação Social).
"O contrato prevê transmissões ao vivo, a partir de demanda definida pela Secom. Ressaltamos ainda que a primeira-dama não é apresentadora de nenhum programa da TV Brasil. A transmissão foi ao ar pela internet, nos perfis em redes sociais da TV BrasilGov."
O UOL tenta contato com a Presidência da República. A nota será atualizada em caso de retorno.
(Com Estadão Conteúdo)
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