Justiça dá 72 h para União e EBC explicarem live de Janja em canal estatal
A União e a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) têm 72 horas para se manifestar em ação sobre o uso da estrutura da EBC em live com a participação da primeira-dama Janja da Silva.
Na ação, o vereador paulistano Rubinho Nunes (União Brasil-SP) pede que a live seja removida das redes sociais da EBC e que Janja não participe mais da programação, em nome "da moralidade, da legalidade e da impessoalidade".
O que aconteceu?
- Em sua decisão, o juiz Djalma Moreira Gomes diz que a União e a EBC devem ser ouvidas para garantir um "mínimo contraditório".
- Janja é citada no processo movido por Rubinho Nunes, mas não consta no pedido de explicações.
Na ação, Rubinho Nunes diz que Janja usa a EBC "como folhetim de feitos do governo" e pede que a Justiça suspenda a presença de Janja como "apresentadora da empresa pública".
A assessoria de Janja disse ao UOL que ela não foi procurada para se manifestar sobre o caso e que "as explicações foram pedidas à EBC".
Já a rede pública afirmou à reportagem que, "até o momento, não foi oficialmente notificada da decisão".
A live com participação de Janja aconteceu na noite de terça-feira (7) no canal do YouTube da "TV Brasil Gov", administrado pela EBC. A transmissão, chamada "Papo de respeito", teve como assunto a violência contra mulher, na véspera do 8 de março.
A live teve como entrevistada a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. A apresentadora Lua Xavier também participou da transmissão. A transmissão foi alvo de críticas de políticos contrários ao atual governo.
De acordo com a assessoria da primeira-dama, Janja programou novas lives em formatos semelhantes, entrevistando ministros e outras autoridades do governo.
O UOL também procurou a União para obter um posicionamento e aguarda retorno.
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