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Moraes manda PF apurar suposta ligação de Fernando Holiday com ato golpista

16.fev.2017 - O vereador de São Paulo Fernando Holiday (Republicanos-SP), em seu gabinete - Karime Xavier / Folhapress
16.fev.2017 - O vereador de São Paulo Fernando Holiday (Republicanos-SP), em seu gabinete Imagem: Karime Xavier / Folhapress

Do UOL, em Brasília

16/03/2023 19h11Atualizada em 16/03/2023 19h11

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou a Polícia Federal adotar as "providências cabíveis" para apurar a conduta do vereador de São Paulo Fernando Holiday (Republicanos) em relação aos atos golpistas de 8 de janeiro.

O UOL busca contato com a defesa de Fernando Holiday. O espaço segue aberto a manifestações. Pelas redes sociais, o vereador apenas escreveu: "Agora pronto. Chegou a minha vez?".

A representação foi levada ao Supremo pela bancada femininista da Câmara Municipal de São Paulo, que acusa Holiday de ter incentivado os atos golpistas pelas redes sociais.

O grupo de vereadoras pedia uma investigação por possíveis crimes de abolição violenta do Estado de Direito e incitação ao crime.

Em manifestação, a Procuradoria-Geral da República defendeu que a representação fosse enviada para a Justiça Federal de São Paulo.

No despacho, Moraes discordou da PGR e disse ser "prematuro" o envio do caso para a primeira instância, por ter possível ligação com as investigações em andamento no Supremo.

"As condutas narradas, considerado o contexto geral dos atos ocorridos a partir da proclamação do resultado das Eleições Gerais de 2022, com bloqueio de rodovias, bem como aqueles ocorridos no dia 8/1/2023 em Brasília/DF, com depredação dos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal, em tese se relacionam com diversas investigações em andamento nesta Suprema Corte, de modo que o declínio de competência nesse momento seria absolutamente prematuro", afirmou.