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Deltan vai à AGU contra Lula após petista cogitar armação de Moro sobre PCC

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

23/03/2023 17h19Atualizada em 23/03/2023 20h36

O deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) acionou o "Ministério da Verdade", da AGU (Advocacia-Geral da União), contra o presidente Lula (PT).

O que aconteceu:

  • O congressista quer que o petista seja investigado por ter sugerido que Moro se articulou para ter seu nome incluído numa ação em que a PF (Polícia Federal) impediu o atentado do PCC contra autoridades públicas. Informações da operação obtidas pelo UOL, no entanto, mostram que a facção montou um esquema para monitorar o ex-juiz da Lava Jato.
  • Moro repudiou a declaração do presidente. "Se algo acontecer com minha família, a responsabilidade é desse presidente, que deu risada."
  • O senador afirma ter sido alertado em janeiro sobre os planos do PCC para matá-lo. Ele também disse que sua família também era alvo.
  • Segundo Moro, a motivação do PCC contra ele foi sua atuação no Poder Judiciário e no governo de Jair Bolsonaro (PL). "Ou nós os enfrentamos, ou quem vai pagar são não só as autoridades, mas também a sociedade. Não podemos nos render", disse ontem.
A fala do presidente da República, em tom jocoso, sádico e conspiracionista, acerca de uma eventual armação do ex-Juiz e Senador Sergio Moro sobre a operação Sequaz, evidencia uma total falta de noção da realidade de risco em que se encontra a família do senador, bem como dos demais alvos da organização Criminosa PCC."
Deltan Dallagnol, deputado federal

PF 'de Lula' salvou Moro, diz equipe de petista

  • A equipe do presidente publicou no canal oficial do petista no Telegram uma imagem com os dizeres "PF de Lula salva a vida de Moro. Sem rancores e farpas". A divulgação ocorreu no mesmo dia em que a PF fez ação contra PCC após descobrir plano para atacar autoridades.
  • No dia anterior, o petista havia dito em entrevista que, quando estava preso no Paraná por causa da Lava Jato, queria "f*der" o então juiz. A declaração foi usada fora de contexto para associar o presidente à organização criminosa.