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PGR diz ao STF que não se opõe que Roberto Jefferson doe armas ao Exército

Colaboração para o UOL, em Brasília

31/03/2023 18h51

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que não se opõe que o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) doe sua coleção de armas para o Exército.

O que aconteceu:

O pedido para doar o armamento foi apresentado ao STF no início deste mês.

Segundo a defesa, o ex-deputado tem interesse em doar todas as suas armas de fogo e munições.

Os itens incluem um fuzil Smith & Wesson calibre 5.56x45mm, dois carregadores com 59 munições de calibre 5.56x45mm, 7.903 munições de uso permitido, 370 munições de uso restrito e três granadas.

Pedido de soltura

A PGR (Procuradoria-Geral da República) afirmou que só opinará sobre um pedido de revogação da prisão preventiva, com possível transição para prisão domiciliar, depois de ter acesso ao laudo sobre a saúde de Roberto Jefferson, a ser emitido pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro.

Segundo os advogados, o ex-deputado "não apresenta condições de saúde a ser acompanhado ou tratado" pelo sistema de saúde da administração penitenciária.

A defesa afirmou que Jefferson tem "várias doenças" e é "paciente imunossuprimido grave", "constantemente sob risco de contrair enfermidade severa repentina, que poderá gerar a necessidade de sua internação, bem como risco de morte".

Jefferson foi preso em um processo em que é acusado de proferir discursos de ódio e atacar instituições democráticas. Em 2022, o ex-deputado tentou evitar a prisão fazendo disparos de fuzil e atirando granadas contra os agentes da Polícia Federal.

Ele guardava ao menos um fuzil com mira telescópica e estoques de munições em sua casa, no Rio de Janeiro.