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UE rebate Lula e nega que ajuda à Ucrânia prolongue guerra com a Rússia

Do UOL, em São Paulo

17/04/2023 18h59Atualizada em 17/04/2023 19h42

A União Europeia rebateu o presidente Lula e as declarações do petista de que tanto Rússia quanto Ucrânia seriam responsáveis pela guerra.

O que aconteceu:

O porta-voz de Assuntos Externos da UE, Peter Stano, reforçou que a Rússia é a "única responsável" pelo conflito.

Stano também ressaltou que os EUA e a União Europeia estão "ajudando a Ucrânia em exercícios para legítima defesa", e lembrou que o Brasil é um dos 143 países que condenaram a invasão ao território ucraniano na ONU e a pedir pelo fim do conflito.

"Não é verdade que os EUA e UE estão ajudando a prolongar o conflito. A verdade é que a Ucrânia é uma vítima da agressão ilegal em violação da carta da ONU. (...) Nós oferecemos, em diferentes ocasiões, inúmeras possibilidades à Rússia de um acordo de negociação em termos civilizados", disse.

A Casa Branca também criticou duramente o Brasil e disse que o presidente brasileiro "está papagueando a propaganda russa e chinesa sem observar os fatos em absoluto".

O fato número um é que a Rússia, e somente a Rússia, é responsável por gerar provocações e agressões ilegítimas contra a Ucrânia. Então não há questionamentos sobre quem é o agressor e quem é a vítima. Rússia está matando civis ucranianos, destruindo a infraestrutura ucraniana, sequestrando crianças ucranianas, roubando propriedades e território da Ucrânia
Peter Stano, em comunicado à imprensa

Lula também disse esperar "boa vontade" dos presidentes da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky, para manter a paz no mundo. O brasileiro responsabilizou os dois países pela guerra: "O presidente Putin não toma a iniciativa de parar. Zelensky não toma a iniciativa de parar. A Europa e os Estados Unidos continuam contribuindo para a continuação [continuidade] desta guerra. Temos que sentar à mesa e dizer para eles: 'Basta'", disse.