Maluf e banco BTG pagam R$ 152 mi à prefeitura de São Paulo após desvios
A Eucatex, da família Maluf, e o BTG Pactual pagaram, ao todo, R$ 152,8 milhões à prefeitura de São Paulo após acordo com o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) por desvios durante a gestão de Paulo Maluf (1993 a 1996).
O que aconteceu:
O BTG Pactual depositou US$ 30,7 milhões, enquanto a Eucatex pagou US$ 7,2 milhões, segundo o MP-SP.
Ainda devem ser liberados R$ 15,4 milhões e R$ 20 milhões, referentes a dividendos da Eucatex a uma da "offshore" MacDoel, da família Maluf.
O BTG ainda deverá pagar mais US$ 23 milhões (cerca de R$ 116 milhões) em despesas e custas processuais fixadas pela Justiça na Ilha de Jersey e Ilhas Virgens Britânicas.
A colaboração do BTG Pactual no pagamento faz parte do acordo firmado com o MP-SP para que o banco assuma, em troca, mais de 1/3 de ações da Eucatex.
O MP-SP ainda quer uma indenização de mais de US$ 250 milhões (cerca de R$ 1 bilhão) e multas por improbidade administrativa
Em nota ao UOL, a Eucatex afirma que "com a concordância de todas as autoridades envolvidas e o aval dos entes reguladores, o acordo de autocomposição firmado pela Companhia e o Ministério Público encerra antiga controvérsia jurídica de forma definitiva e demonstra a postura colaborativa de empresa, que agora, sem estar sujeita a novos questionamentos, poderá seguir com suas atividades de forma estável e com segurança jurídica."
O UOL também procurou o BTG para comentar o assunto e aguarda um posicionamento.
Valores recuperados:
O MP-SP e a prefeitura de São Paulo já haviam recuperado US$ 55 milhões (cerca de R$ 277 milhões) de 4 acordos com bancos internacionais entre 2014 e 2017.
Também conseguiram uma repatriação de US$ 8,4 milhões (cerca de R$ 42 milhões) em fevereiro de 2019.
A família Maluf já havia pago ao município cerca de 1 milhão de libras (cerca de R$ 6 milhões).
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