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PF cumpre 22 mandados de busca para identificar financiadores do 8/1

Do UOL, em São Paulo

11/05/2023 07h17Atualizada em 12/05/2023 07h59

A PF cumpre hoje 22 mandados de busca e apreensão para identificar financiadores e fomentadores dos atos golpistas de 8 de janeiro.

O que aconteceu?

Os mandados são cumpridos pela corporação em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná. Eles foram determinados pelo STF.

Entre os alvos da PF está o empresário Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju (MS). Ele apareceu na lista divulgada pela AGU (Advocacia-Geral da União) como um dos suspeitos de financiar os atos golpistas.

Também são alvos outros empresários, produtores rurais e CACs (colecionadores de armas, atiradores ou caçadores esportivos), apurou o UOL. Armas e munições foram apreendidas em Mato Grosso do Sul.

Foram determinados o bloqueio de bens, ativos e valores dos investigados até o limite de R$ 40 milhões, segundo a PF. Esse valor vai servir para a cobertura e ressarcimento dos danos causados ao patrimônio público.

Foram apreendidos mais de R$ 730 mil em dinheiro vivo com empresários e fazendeiros, segundo a PF.

Os agentes também apreenderam oito veículos e 22 armas de fogos, além de passaportes e celulares. Uma pessoa foi presa em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

Essa a 11ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela PF após a invasão de golpistas à Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Flávio Dino comentou a operação da PF

PGR quer mirar omissão de militares

Em uma nova frente de apurações sobre os ataques de 8 de janeiro, os procuradores querem se aprofundar na omissão de autoridades. O UOL apurou que essas novas investigações devem começar nos próximos e vão mirar também militares.

A apuração será aprofundada com relatórios de inteligência. O grupo de trabalho coordenado pelo subprocurador Carlos Frederico Santos, responsável pelas investigações dos ataques às sedes dos Três Poderes, aguardava as cópias de relatórios de inteligência das forças de segurança para turbinar as apurações.

O STF deu força à investigação. O ministro Alexandre de Moraes mandou a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e a PM do Distrito Federal enviarem todos os relatórios produzidos relacionados ao 8 de janeiro, além das imagens das câmeras de segurança.