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PF faz buscas na casa de ex-chefe do setor de presentes da Presidência

Do UOL, em Brasília e em São Paulo

12/05/2023 08h06Atualizada em 12/05/2023 09h02

A Polícia Federal faz uma operação de busca e apreensão na casa de Marcelo da Silva Vieira. Ele era responsável por classificar presentes recebidos pela Presidência no governo Bolsonaro.

O que aconteceu:

A operação foi deflagrada na manhã de hoje na casa de Marcelo da Silva Vieira no Rio de Janeiro.

O objetivo da PF é apreender o celular de Vieira. Ele era ex-chefe-de-gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República e foi demitido em janeiro.

Em abril, Vieira prestou depoimento na PF sobre o caso das joias de R$ 16,5 milhões da Arábia Saudita. O estojo foi retido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos.

Na ocasião, Vieira afirmou que fez tratativas com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, por mensagens de texto no Whatsapp.

Após o depoimento, a PF pediu que Vieira deixasse o celular voluntariamente para perícia, mas ele e o advogado negaram porque estariam atrasados para um voo com destino ao Rio de Janeiro.

Semanas depois, o delegado cobrou o advogado de Vieira e ouviu que o celular não seria entregue. A PF então entrou com um pedido judicial para fazer as buscas.

O que disse Vieira no depoimento?

Marcelo da Silva Vieira detalhou uma ligação em que Mauro Cid pediu que ele explicasse no viva-voz ao então presidente Jair Bolsonaro porque não poderia assinar um ofício para tentar liberar bens que "teriam sido encaminhados para o Estado pelo governo da Arábia Saudita", mas estavam retidos na Receita.

Vieira diz ter dado explicações técnicas sobre a impossibilidade de assinar o documento solicitando a incorporação de bens retidos pelo órgão, sendo que apenas ouviu do Presidente da República um "ok, obrigado".

Segundo o oficial da reserva da Marinha, a ligação do tenente-coronel Mauro Cid foi realizada no dia 27 de dezembro, no apagar das luzes do governo Bolsonaro.