Chefe do setor de presentes: quem é o guardião das joias que foi alvo da PF
A PF (Polícia Federal) fez uma operação de busca e apreensão na casa de Marcelo da Silva Vieira, que foi chefe do Gabinete de Documentação Histórica da Presidência durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
A ação teve como objetivo apreender o celular de Vieira, para investigações sobre as joias recebidas por Bolsonaro em visita à Arábia Saudita.
Quem é Marcelo da Silva Vieira
É um militar reformado (aposentado) da Marinha, conforme o portal da Transparência do governo federal.
Vieira foi reformado como capitão de corveta e seu salário de aposentado é de R$ 20.623,68 brutos. Com as deduções, recebe líquido R$ 13.608,24. Não há informações sobre os ganhos durante o cargo no gabinete da Presidência.
Ele entrou para a reserva da Marinha em julho de 2020, quando já estava trabalhando no governo Bolsonaro.
Vieira participa da administração pública federal desde o governo de Michel Temer (MDB). Em janeiro de 2017, foi nomeado para a função de supervisor da Diretoria de Documentação Histórica do Gabinete-Adjunto de Gestão e Atendimento do Gabinete Pessoal do Presidente da República.
Marcelo subiu de cargo no governo Bolsonaro pela primeira vez em janeiro de 2019, quando foi nomeado diretor de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal do Presidente da República.
Depois, alcançou posto mais alto, em junho de 2020, quando foi nomeado chefe do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal do Presidente da República.
Ele era o responsável por classificar presentes recebidos pelo presidente, indicando se deveriam ficar com ele ou entrar para o acervo da União.
O militar aposentado ficou neste cargo até o fim do governo Bolsonaro. Ele foi exonerado logo que Lula (PT) assumiu o terceiro mandato como presidente.
Ligação com Bolsonaro
Marcelo da Silva Vieira já tinha prestado depoimento para a PF no rol das investigações sobre as joias da Arábia Saudita. Na conversa com os policiais, o capitão de corveta reformado disse que participou de uma ligação em viva voz com o então ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, que pedia ajuda de Vieira para liberar as joias. Segundo o capitão de corveta, Bolsonaro também participou da chamada.
O capitão disse que se negou a assinar um documento para a Receita Federal entregar o conjunto de colar, brincos, relógio e anel, avaliados em R$ 16,5 milhões. Vieira disse que Mauro Cid pediu que ele fizesse um ofício solicitando a incorporação das joias ao acervo da Presidência. O capitão disse ter explicado que não poderia fazer isso por estar além de suas funções.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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