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Tarcísio diz que venda de imóveis públicos abre espaço para reajuste de PMs

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) - Ciete Silverio/Esfera/Divugação
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) Imagem: Ciete Silverio/Esfera/Divugação

Do UOL, em São Paulo

15/05/2023 19h16

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse hoje que vai vender imóveis e "enxugar a máquina" para aumentar o efetivo e o salário das polícias do Estado.

O que aconteceu

Tarcísio disse que há "espaço fiscal" para aumentar a remuneração das forças de segurança e contratar mais pessoal e que a venda de imóveis no centro da capital e de terras auxiliará no caixa. Ele acrescentou que governo está planejando uma reforma administrativa — mas não informou prazos.

O governador negou haver tratamento diferenciado entre policiais militares e civis no projeto e disse que as duas são importantes. "A recuperação salarial e dos efetivos envolve polícias militar, civil e penal."

O governador enviou à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) um projeto que propõe um reajuste médio de 20,2% para policiais civis, militares e bombeiros do estado no início do mês.

O presidente da Casa, André do Prado (PL), disse que os deputados irão discutir o tema e "provavelmente" votá-lo nesta semana. Tarcísio e Prado participaram de um seminário promovido pelo grupo Esfera Brasil, ao lado de Ricardo Anafe, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Na semana passada, um grupo de policiais civis e penais fez uma manifestação contra o projeto, que define aumento de salário de forma escalonada e com percentuais de reajustes diferenciados entre cargos e as polícias Civil e Militar.

A valorização das forças de segurança era uma das bandeiras da campanha de Tarcísio. Se aprovada, a proposta beneficiará mais de 150 mil profissionais da segurança pública.

O que disse o governador

As propostas de aumento salarial são suportáveis pela nossa geração de receita. E, ao mesmo tempo, a gente está planejando nossa reforma administrativa — isso também vai estar em discussão com a Assembleia Legislativa. Não dá para o Estado, por exemplo, ter 120 cargos diferentes. Nós vamos equalizar isso.

Vai ter espaço fiscal para isso [aumento salarial e dos efetivos das polícias]. Esse aumento representa para nós um esforço grande. E como a gente vai tirar dinheiro para isso? Enxugando a máquina, vender ativos, desmobilizar patrimônio imobiliário. Para que o estado de São Paulo precisa ter 56 imóveis no centro de São Paulo, ser dono de 35 mil hectares de terra no estado? Esse patrimônio vamos desmobilizar.