Ministério Público não fez provas suficientes, diz defesa de Collor
A defesa de Fernando Collor de Mello (PTB-AL) se manifestou sobre a formação de maioria a favor da condenação do ex-presidente e ex-senador no julgamento no STF.
O que aconteceu:
A defesa afirma, desde o início das investigações, que não foram produzidas provas que demonstrem que o ex-presidente recebeu os valores da propina. Além disso, alega que as acusações se baseiam em delações.
"Em nenhum desses conjuntos de fatos, o Ministério Público fez provas suficientes ou capazes de gerar a mínima certeza com relação à culpabilidade", afirmou o advogado Marcelo Bessa, na semana passada, na abertura do julgamento.
A defesa reitera sua convicção de que o ex-presidente da República Fernando Afonso Collor de Mello não cometeu crime algum e tem plena confiança de que até a proclamação do resultado final de que essa convicção vai prevalecer."
Marcelo Bessa, advogado de Collor em áudio ao UOL
Julgamento no STF
O plenário do STF formou hoje maioria para condenar Collor por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Seis ministros votaram contra o ex-presidente na ação penal derivada da Operação Lava Jato, e apenas um para absolvê-lo.
Votaram pela condenação o relator Edson Fachin, os ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça, Roberto Barroso, Luiz Fux e a ministra Cármen Lúcia. O ministro Nunes Marques foi o único a se posicionar pela absolvição.
Ainda restam votar os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes e a presidente do Supremo, Rosa Weber. A sessão de hoje foi suspensa, e o julgamento será retomado na próxima semana.
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