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AGU vai pedir suspensão de liminar que anulou posse de Jorge Viana na Apex

Ex-senador Jorge Viana - Divulgação
Ex-senador Jorge Viana Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

22/05/2023 20h11Atualizada em 22/05/2023 20h28

A AGU (Advocacia-Geral da União) disse que entrará com um recurso em caráter de urgência contra a decisão da Justiça de anular a posse de Jorge Viana na presidência da Apex-Brasil (Agência de Promoção de Exportações do Brasil) por não ter comprovado fluência em inglês.

O que aconteceu:

A AGU argumentou que foi desconsiderado que há três formas de comprovar a fluência no idioma (veja abaixo). A remuneração da presidência é de R$ 65 mil mensais.

A advocacia criticou que "os autores não atenderam a requisitos processuais essenciais" à ação. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi quem acionou a Justiça sobre isso, ao dizer que a mudança no estatuto está "em total desalinho aos preceitos da moralidade administrativa e impessoalidade".

O órgão também disse que os requerentes não comprovaram o prejuízo causado pela nomeação de Jorge Viana.

A AGU demonstrará ao TRF1 a necessidade de declarar a improcedência dos pedidos veiculados na ação popular e determinar o retorno imediato de Viana à presidência da ApexBrasil".
AGU sobre nomeação de Jorge Viana

Segundo a AGU, Viana poderia comprovar a fluência por:

Certificado de proficiência ou certificado de conclusão de curso;

Experiência internacional (residência, trabalho ou estudo) por período mínimo de 1 ano, ou;

Experiência profissional no Brasil, de no mínimo 2 anos, que tenha exigido o conhecimento e a utilização do idioma no desempenho das atribuições.

Entenda

O ex-senador foi nomeado para o cargo em janeiro, quando a agência exigia o inglês como "requisito mínimo". Viana, porém, promoveu uma mudança no estatuto do órgão para descartar a obrigatoriedade do inglês fluente, segundo o jornal O Estado de S. Paulo.

A mudança aconteceu no dia 22 de março, pelo conselho deliberativo da Apex-Brasil. Portanto, Viana ainda ficou três meses no cargo de forma irregular. A Justiça também suspendeu a resolução.

À época, a assessoria do ex-senador afirmou que "ele fala inglês, mas não ao ponto de fazer um discurso" e que a nomeação "engrandece a agência" por "sua capacidade de diálogo e interlocução".