Inelegível, Bolsonaro diz que será candidato e que Lula não tem substituto

Mesmo estando inelegível, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira (22) que será o candidato da direita à presidência nas eleições presidenciais de 2026. Ele criticou o presidente Lula por não ter "substitutos" na política.

O que aconteceu

Bolsonaro disse que o candidato em 2026 é o "Messias", em referência a seu nome do meio. A fala ocorreu em uma agenda do prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB),com aliados políticos em uma churrascaria localizada na zona sul de São Paulo. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) também afirmou que o candidato à presidência será Bolsonaro.

O ex-presidente criticou Lula ao dizer que o presidente não deixou líderes políticos para substituí-lo. "Quem é o substituto do Lula no Brasil na política? Não tem. De Bolsonaro? Estão por aí. Eu colaborei para formar alianças, estou muito feliz com isso. Só fiz um bom governo, o povo reconhece. O pessoal tem saudade de mim. Sou o ex mais amado do Brasil."

Declarado inelegível pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Bolsonaro afirmou que "sofre perseguições". Estou inelegível porque, primeiro, abuso de poder político, reunindo embaixadores fora de época de campanha. O que eu ganhei politicamente me reunindo com embaixadores, que é uma política privativa minha? Depois, abuso de poder econômico, acabou o 7 de setembro, ocupei o carro de som do pastor Silas Malafaia", falou.

"É uma perseguição ou não é?", disse Bolsonaro. "Golpe como começa? Um estado de sítio. O presidente, os conselhos da República, da Defesa, solicitando autorização para decretar estado de sítio. Alguma dessas medidas foi tomada? Não. Não foi tomada. [Eu] Podia estar nos Estados Unidos trabalhando, tinha muita oportunidade por lá."

Bolsonaro foi condenado por abuso de poder político e econômico. Além disso, foi condenado por uso indevido de meios de comunicação, sob a acusação de disseminar informações falsas sobre o processo eleitoral em reunião com embaixadores. Ele também foi condenado por utilizar eleitoralmente o evento de comemoração do 7 de Setembro em 2022.

Palanque de Nunes no evento reuniu os ex-presidentes Michel Temer e Jair Bolsonaro. O deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) foi o primeiro político a citar a presença dos ex-presidentes na agenda de Nunes. Na sequência, Bolsonaro disse que ele e Temer foram os melhores presidentes do país. Outros nomes da extrema direita também foram citados, entre eles, o vereador eleito Lucas Pavanato (PL). Nesse momento, o cerimonialista disse: "Será daqui que sairá o próximo presidente da República".

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