Princesa do Marajó: Damares diz que brincou sobre dividir PA e visar cargo
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) esclareceu, na noite de hoje, que brincou ao dizer em discurso que gostaria de se tornar "princesa regente" da ilha de Marajó (PA), após uma possível divisão política do local.
O que aconteceu:
Damares negou ter interesse de disputar o governo de Roraima, ao defender uma maior integração do estado, que ela descreve como "isolado", aos interesses nacionais. A colocação foi dita durante uma audiência na Comissão de Desenvolvimento do Senado que discutia a situação dos Yanomami em Roraima.
Durante o discurso, ela afirmou ser candidata ao "governo do Marajó", região do Pará. "A gente não pode mais deixar Roraima isolado, não pode. Não sou candidata a governadora lá. Sou candidata no Marajó. Eu quero dividir o Marajó, fazer um principado e entrar como princesa regente", disse a parlamentar.
O termo "princesa Damares" chegou a ficar entre os assuntos mais comentados na rede de microblogs Twitter na tarde de hoje. Em nota, a senadora informou que a fala foi em tom de brincadeira, uma vez que só deixaria o Distrito Federal para ser "rainha" ou "princesa".
Governo revoga programa de Damares
O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania lançou no dia 18 de maio o programa Cidadania Marajó para enfrentar a exploração e o abuso sexual de crianças e adolescentes no arquipélago de Marajó, no Pará. O programa representa uma resposta política ao "Abrace o Marajó", projeto criado pela ex-ministra e senadora Damares Alves (Republicanos) e que será revogado.
Lançada durante o governo de Jair Bolsonaro, a iniciativa anterior foi marcada por controvérsias. Em 2020, a então ministra afirmou que procurava soluções para denúncias de mutilação e tráfico de crianças para exploração sexual.
Durante um culto em Goiânia (GO), em 2020, Damares afirmou que as crianças são traficadas e têm seus dentes "arrancados pra elas não morderem na hora do sexo oral". As declarações chocaram a opinião pública e autoridades cobraram explicações. Documentos apresentados pela senadora ao Estadão não comprovaram a veracidade das denúncias.
(Com informações da Agência Estado)
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