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TCU pede à Casa Civil esclarecimentos sobre viagem de Bolsonaro a Orlando

O ex-presidente Jair Bolsonaro  - CARLA CARNIEL/REUTERS
O ex-presidente Jair Bolsonaro Imagem: CARLA CARNIEL/REUTERS

Tiago Minervino

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/05/2023 11h46

O TCU (Tribunal de Contas da União) solicitou à Casa Civil informações detalhadas sobre a viagem realizada pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) em 30 de dezembro de 2022 para Orlando, nos Estados Unidos.

O que aconteceu:

O órgão atendeu a um pedido feito pelo ex-deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) que apontou "uso irregular" de dinheiro público por parte de Bolsonaro para realizar viagem a Orlando na função de presidente da República, sem apresentar "qualquer justificativa de interesse público".

Para o tribunal, há poucos esclarecimentos sobre a motivação da viagem na véspera do fim do mandato do então presidente, o que "conclui-se pela necessidade de suplementação do acervo probatório, mediante a realização de diligência".

Sob essa justificativa, o TCU deu o prazo de 15 dias para que a Casa Civil apresente as informações requisitadas. O tribunal pede acesso a relação de servidores que integraram a comitiva; as cotações de preços para a prestação de serviços aeroportuários para aquisição de alimento; mapa de distribuição dos apartamentos em caso de hospedagem em hotel; relatório com todas as despesas efetuadas; faturas do cartão de pagamento do Governo Federal com o que foi gasto na viagem.

O UOL tenta contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Se a resposta for enviada, esta matéria será atualizada.

Relembre o caso

Jair Bolsonaro deixou o Brasil e viajou para Orlando a dois dias do fim de seu mandato. Na ocasião, ele se recusou a passar a faixa para o presidente Lula (PT), que derrotou nas urnas.

Bolsonaro permaneceu 89 dias nos Estados Unidos, onde participou de eventos da extrema direita. Nas redes sociais, ele fez poucos pronunciamentos, mas chegou a aparecer em live ao lado de sertanejos.

O ex-presidente retornou ao Brasil em 29 de março. Desde então, ele já prestou depoimentos à Polícia Federal sobre as joias trazidas irregularmente ao país por seu governo, e também sobre o suposto esquema de falsificação na caderneta de vacinação contra a covid-19seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, está preso.