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Antes mesmo de instalação, PT já fala em CPI curta sobre 8 de janeiro

Líder do PT na Câmara diz que Brasil tem outras prioridades e quer CPI curta  - Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo
Líder do PT na Câmara diz que Brasil tem outras prioridades e quer CPI curta Imagem: Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em Brasília

25/05/2023 11h31Atualizada em 25/05/2023 11h39

Minutos antes de a primeira reunião da CPI do 8 de janeiro começar, o líder do PT na Câmara, deputado federal Zeca Dirceu (PR), falava em não prolongar os trabalhos da comissão, que tem duração inicial de 120 dias e possibilidade de prorrogação. Ele justificou que o Brasil tem questões mais urgentes.

A prioridade é gerar emprego, tirar o mapa da fome.
Zeca Dirceu, líder do PT na Câmara

O que aconteceu

A primeira reunião da CPI foi hoje. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) foi escolhida como relatora. O deputado federal Arthur Maia (União-BA) se tornou o presidente e o senador Cid Gomes (PDT-CE) ficou como vice-presidente.

O governo não deseja que a CPI ganhe corpo e se torne o principal assunto do Congresso. Isso obrigaria que houvesse um direcionamento de suas forças para atuar na comissão.

Com isso, haveria dificuldade para aprovar projetos prioritários do governo Lula, como a reforma tributária, considerada crucial para o crescimento da economia.

De início, o PT não queria apoiar uma CPI sobre o 8 de janeiro. O argumento era que a Polícia Federal e o Judiciário já estavam apurando a tentativa de golpe.

A estratégia mudou depois que vazaram vídeos da invasão ao Palácio do Planalto mostrando que o então ministro do GSI, general Gonçalves Dias, estava no local e não agiu.