CPI do MST vai ao Pontal do Paranapanema, região símbolo do movimento
Oito parlamentares que integram a CPI do MST visitam amanhã (29) a zona rural do Pontal do Paranapanema, região no extremo oeste do estado de São Paulo considerada símbolo do movimento, que em 1990 ocupou uma fazenda na região pela primeira vez.
Como será a agenda?
A agenda foi confirmada ao UOL pelo relator da CPI, o deputado e ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP).
Está marcado para 8h da manhã uma reunião com o delegado do Deinter (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), em Presidente Prudente, interior paulista.
De lá, os deputados farão uma visita à zona rural do Pontal. A primeira ocupação do MST naquela região foi em 14 de julho de 1990, quando quase 1.000 trabalhadores reivindicaram a reforma agrária na fazenda Nova Pontal, em Rosana.
Segundo o movimento, atualmente há 117 assentamentos rurais na região, que abrigam 7.000 famílias em 170 mil hectares.
Um dos integrantes da CPI que amanhã vai ao Pontal, o deputado Nilto Tatto (PT) reclamou da forma como a agenda foi criada. "A coordenação da CPI não passou os lugares exatos da visita", diz. "A única informação que passam é que vamos nos encontrar com o delegado, que vai dizer onde a gente tem que ir."
Só tem sentido visitar onde há denúncia, mas não conseguimos fazer com que o requerimento tivesse essa especificação.
Nilto Tatto, deputado federal
Salles afirmou que "isso foi combinado na reunião da CPI de quarta-feira", mas não entrou em detalhes. Questionado, disse que a região do Pontal foi a escolhida para a visita "é lá que ocorreram as invasões recentes no estado".
Os seguintes parlamentares estarão na comitiva:
- Coronel Zucco (Republicanos-RS), presidente da comissão
- Ricardo Salles (PL-SP)
- Capitão Alden (PL-BA)
- Caroline de Toni (PL-SC)
- Magda Mofatto (PL-GO)
- Messias Donato (Republicanos-ES)
- Nilto Tatto (PT-SP)
- Rodolfo Nogueira (PL-MS)
A CPI
A oposição ao governo na Câmara recolheu assinaturas para a abertura da comissão após recentes ocupações do MST. Instalada em 17 de maio, contou com apoio de 172 parlamentares, principalmente do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Entre janeiro e 23 de abril de 2023, o MST realizou 33 ocupações, mais do que nos anos anteriores. Enquanto os defensores da CPI dizem buscar os financiadores do MST, o governo diz que o objetivo da CPI é criminalizar o movimento.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.