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Zema se desculpa, e volta a destacar SSE: 'priorizamos geração de emprego'

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Do UOL, em São Paulo

03/06/2023 14h11

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse, neste sábado (3), que foi "mal interpretado" ao afirmar ontem que no Sul e no Sudeste há "mais pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial" em comparação com as demais regiões do país.

O que aconteceu:

A declaração foi feita durante a abertura do segundo dia de encontro do Cosud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste). O encontro do consórcio, que é formado pelos sete estados das duas regiões, acontece em Belo Horizonte.

Zema fez um pedido de desculpas durante coletiva de imprensa, logo após o debate entre governadores.

Ontem, talvez por uma questão de não usar as palavras mais adequadas, eu fui mal interpretado. Porque quem conhece o brasileiro, sabe: o que ele quer é um trabalho digno. Ele recebe o auxílio porque não está tendo opção. E nós, governadores aqui do Sul e Sudeste, priorizamos a geração de empregos. Nós acreditamos que esse é o melhor caminho. Quem analisar a minha fala e escutá-la vai ver que aquilo que eu quis dizer, se fui mal interpretado, eu peço desculpas, é que nós, governadores do Sul e do Sudeste acreditamos, temos convicção de que o melhor programa social é a geração de empregos. Nós somos estados que acreditamos nisso.
Romeu Zema, governador de Minas Gerais

Fala polêmica

Na sexta-feira (2), o governador de Minas Gerais exaltou as regiões Sul e Sudeste em comparação com as demais regiões do país. "São estados onde, diferente da grande maioria, há uma proporção muito maior de pessoas trabalhando do que vivendo de auxílio emergencial. São estados onde há um setor produtivo muito mais dinâmico. Então, boa parte da solução do Brasil passa por esses sete estados aqui. E nós temos de trabalhar juntos para ajudar o nosso país", afirmou.

Zema alegou que os as regiões Sul e Sudeste têm "estados produtivos, onde a população vive do trabalho". O governador de MG também disse que "se há estados que podem contribuir para esse país dar certo, eu diria que são esses [...] Estados onde há um setor produtivo muito mais dinâmico [...] Sudeste e Sul são quase um México em termos de população e de economia".

O governador de Minas Gerais se confundiu ao citar "auxílio emergencial" (programa de renda mínima que vigorou durante a pandemia) quando, na verdade, referia-se a programas assistenciais como o Bolsa Família. Embora não tenha apresentado dados concretos, Zema não errou se considerados dados do trabalho com carteira assinada no Brasil e número de beneficiários do Bolsa Família.

Nas regiões Sul e Sudeste, segundo o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), 8 milhões e 22 milhões de brasileiros trabalham no mercado formal, respectivamente, enquanto nas mesmas regiões o número de beneficiários do Bolsa Família é de 1,4 milhão e 6,3 milhões, na sequência. No Nordeste, a conta se inverte, com 9,7 milhões de contemplados com o auxílio e 7 milhões com trabalho com carteira assinada.