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PT votou em peso para aprovar projeto que blinda políticos; PL se dividiu

Projeto de lei foi aprovado na Câmara e agora vai para discussão no Senado - Reprodução
Projeto de lei foi aprovado na Câmara e agora vai para discussão no Senado Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

14/06/2023 23h46

Com um placar de 252 votos a favor e 163 contra, a Câmara dos Deputados aprovou o PL (projeto de lei) que tipifica a discriminação contra políticos e autoridades públicas. A proposta diz que deve haver punição quando um político ou autoridade pública for discriminado. O texto agora segue para o Senado.

O que aconteceu

O PT votou em peso a favor do projeto, com 43 parlamentares favoráveis e 11 contrários.

O PL, maior partido de oposição ao governo Lula, ficou dividido: foram 44 deputados que votaram não (contra o projeto) e 37, sim.

A proposta é de autoria da deputada Dani Cunha (União-RJ), filha do ex-deputado federal Eduardo Cunha. O União Brasil, partido dela, teve maioria a favor pelo projeto de lei — 34 sim e 16 não.

Cinco partidos foram unânimes contra o projeto de lei: todos os parlamentares presentes do Cidadania (2), Novo (3), PCdoB (7), PSOL (10) e Rede (1) votaram não.

Como votaram todos os partidos

PL: 37 Sim x 44 Não

PT: 43 Sim x 11 Não

PSD: 23 Sim x 11 Não

União Brasil: 35 Sim x 16 Não

Republicanos: 27 Sim x 7 Não

MDB: 24 Sim x 10 Não

PP: 23 Sim x 13 Não

PDT: 10 Sim x 4 Não

Podemos: 8 Sim x 3 Não

PSOL: 0 Sim x 10 Não

PCdoB: 0 Sim x 7 Não

Novo: 0 Sim x 3 Não

Cidadania: 0 Sim x 2 Não

Rede: 0 Sim x 1 Não

Patriotas: 1 Sim x 2 Não

PSC: 3 Sim x 0 Não

Solidariedade: 1 Sim x 2 Não

PSB: 5 Sim x 5 Não

Avante: 3 Sim x 3 Não

PSDB: 6 Sim x 6 Não

PV: 3 Sim x 3 Não

Total: 252 Sim x 163 Não

O que diz o projeto de lei

As penas, segundo o texto, devem variar entre dois a quatro anos de prisão, além de multas. O projeto não destaca manifestações públicas feitas contra políticos nas redes sociais, publica ou anonimamente.

São consideradas discriminações: acusar políticos por condutas que viraram caso de Justiça, mas ainda não foram julgadas; negar emprego em empresa privada por associação política; negar abertura de conta bancária, entre outros.

Familiares e eventuais colaboradores ligados aos políticos estão incluídos no projeto de lei.