Alvo de busca, gabinete de Do Val estava trancado; chaveiro foi chamado
A Polícia Federal precisou acionar um chaveiro para fazer busca e apreensão no gabinete do senador Marcos do Val (Podemos-ES) na tarde de hoje. O local estava trancado e o servidor responsável pelo gabinete não estava na cidade. O chaveiro foi chamado para evitar o arrombamento da porta.
O que aconteceu
A PF levou cerca de uma hora para conseguir entrar no gabinete, segundo o UOL apurou com integrantes da Polícia Legislativa. Ao todo, os agentes ficaram no Senado por quase três horas — chegaram por volta das 15h e saíram perto de 18h.
Os agentes legislativos têm apenas as chaves dos espaços comuns do Senado. As chaves do gabinete são pessoais, explicou uma fonte à reportagem.
Foram apreendidos documentos e pendrive com informações do gabinete. Os agentes, que saíram com um malote após a operação, entraram no gabinete de Do Val e na sala da chefe de gabinete. Os relatos são que a atuação dos policiais foi pacifica e que eles isolaram a área onde ocorreu a busca e apreensão.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), telefonou para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para comunicar a decisão que autorizou buscas no gabinete do senador Marcos do Val (Podemos-ES). Pacheco também foi comunicado da chegada da Polícia Federal ao Senado.
O UOL conversou com servidores do gabinete do senador, que informaram que toda a ação foi acompanhada por representantes da Advocacia do Senado. A defesa pessoal do parlamentar teria acompanhado a ação no apartamento funcional dele.
Redes foram bloqueadas
Além do gabinete, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Do Val em Brasília e no Espírito Santo, onde reside. A operação ocorreu no dia do aniversário do senador.
A operação foi autorizada por Moraes, que também determinou a Do Val que se abstenha de publicar ou promover informações falsas e ataques às instituições. O ministro, porém, rejeitou um pedido de prisão contra o parlamentar.
Os perfis do senador nas redes sociais foram retiradas do ar. O UOL apurou que Do Val é investigado por tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta de governo legalmente constituído, associação criminosa e divulgação irregular de informações confidenciais.
A assessoria do senador disse que "Marcos do Val não vai se pronunciar ainda" e a assessoria do Podemos afirmou que não vai comentar a operação. O processo está em sigilo no STF.
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