Maia sobre Lawand: 'Inverossímil, mas não posso garantir que seja mentira'
O presidente da CPMI do 8 de janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), disse que considerou o depoimento do coronel do Exército Jean Lawand Júnior "inverossímil".
O que aconteceu?
Para Maia, Lawand "interpretou" na CPMI o que escreveu nas mensagens encontradas pela PF no celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid: "Eu confesso que achei a história inverossímil, mas eu não posso garantir de que se trata de uma mentira", disse, em entrevista coletiva. Entre as mensagens, estava um pedido para que Cid encorajasse o ex-presidente a colocar em prática um golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições.
Durante o depoimento, Lawand disse que as mensagens eram um pedido para "apaziguar" o país. "Afirmo aos senhores que em nenhum momento falei sobre golpe, atentei contra a democracia brasileira ou quis quebrar, destituir, agredir qualquer uma das instituições", declarou.
Ao fim da sessão, Maia disse a Lawand que esta foi "a reunião mais difícil" da CPMI porque "intimamente, acho que o senhor faltou com a verdade". O presidente da Comissão, porém, ressaltou que não poderia provar que ele teria mentido aos parlamentares.
O senhor traz uma interpretação que, por mais desconexa que possa parecer -- e é --, eu não posso de maneira material afirmar que o senhor está mentindo. Eu fiquei tão incomodado com isso porque a apreciação de provas requer um treinamento que eu não tive.
Deputado Arthur Maia
Quem é Lawand?
O coronel tem salário bruto de R$ 25,5 mil. Os dados são do Portal da Transparência, do governo federal.
Lawand foi incluído por Bolsonaro no Quadro Ordinário do Corpo de Graduados Efetivos da Ordem do Mérito Militar. Um decreto assinado em março de 2021 incluiu o coronel e outras dezenas de militares no grau de Cavaleiro por seus serviços prestados à nação brasileira.
No governo Lula, o coronel seria transferido para os EUA como adjunto do adido do Exército junto à Representação Diplomática do Brasil nos EUA, com sede em Washington.
Mas, após a divulgação das mensagens, teve a transferência barrada pelo comandante do Exército, general Tomás Paiva. A avaliação é de que ele deve ficar no país para prestar eventuais esclarecimentos sobre o teor das mensagens.
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