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Com Bolsonaro inelegível, ainda não há substituto claro, dizem analistas

Do UOL, em São Paulo

03/07/2023 11h35Atualizada em 04/07/2023 07h09

A antropóloga Isabela Kalil e o cientista político Claudio Couto avaliaram hoje em participação no UOL Debate que ainda não há substituto claro para o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030.

O que eles disseram?

Bolsonaro ainda é figura importante, mas inelegibilidade o fragiliza, concordaram os especialistas. "Bolsonaro se enfraquece do ponto de vista institucional, mas não quer dizer que enfraquece do ponto de vista social", disse Kalil.

Para ela, não há atualmente alguém que possa substituir o ex-presidente. "Não vejo nenhuma figura que consegue fazer o que ele fez, de unir campos antagônicos", disse. "Não consigo ver no curto prazo uma figura que consiga aglutinar".

Couto avalia que Romeu Zema, Tarcísio de Freitas e membros da família Bolsonaro são possíveis candidatos. Para ele, se o campo conservador decidir por um candidato mais moderado, os governadores de Minas Gerais e São Paulo podem ser opções. Caso a preferência seja pela continuidade do bolsonarismo, ele aposta em um dos filhos do ex-presidente, como Eduardo. "Sempre foi visto como o verdadeiro herdeiro, provável sucessor, que se assemelha em agressividade, contundência, radicalismo ideológico", afirmou.

Para Kalil, nome da extema-direita será o de uma mulher. "O futuro da extrema-direita é a candidatura de uma mulher, deve ter uma roupagem diferente", disse. "A Michelle [Bolsonaro] tem chance de ser uma candidata forte.

Couto avaliou que o presidente Lula acertou ao não comemorar inelegibilidade de adversário. "Não ajudou a levantar a bola. Ao não dar muita importância, ele vai bem", declarou.

Assista ao programa na íntegra: