Sakamoto: Tarcísio se indispõe com paulistas ao criar entraves para reforma
O colunista do UOL Leonardo Sakamoto afirmou durante participação no UOL News que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se indispõe com paulistas ao criar entraves para a reforma tributária. Mais cedo, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governador admitiu recuar da principal crítica à reforma da tributária.
O Tarcísio ficar enrolando e criar entraves para maior chance de aprovação da reforma tributária nos últimos 30 anos pega mal com o público de São Paulo, com o PIB industrial de São Paulo. E Tarcísio tem pretensões futuras, quer se reeleger, dependendo da situação quer sair para presidente. Então tem pretensões e precisa estar bem com o publico paulista.
"E para estar bem com o PIB de São Paulo não pode bater de frente com a indústria e com a Fiesp", completou.
Sakamoto afirmou que Tarcísio governa o estado mais industrializado da federação e que "a indústria quer a reforma tributária".
A indústria, que conta com cadeias muito longas, vai ser beneficiada [com a reforma]. Inclusive pode ajudar numa reindustrialização do Brasil.
Bolsonaro usa fome, que disparou em seu governo, para atacar a reforma, diz Sakamoto
Leonardo Sakamoto também criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que vem atacando a reforma tributária. Sakamoto afirmou que o ex-presidente "usa a fome, que disparou em seu governo, para atacar a reforma". Apesar das críticas atuais, Sakamoto afirmou que o ex-presidente era contrário à reforma enquanto comandava o Executivo.
O Paulo Guedes, verdade seja dita, tentou avançar uma parte da reforma do Imposto de Renda, ou seja, voltar a taxar dividendos, os lucros recebidos de empresas por acionistas, que é de onde os mais ricos ganham seu 'dindin', que no Brasil é um dos únicos países do mundo que não é taxado.
"Guedes tentou mudar isso, reduzir a taxação da empresa e aumentar dos super ricos. Tomou uma invertida, não conseguiu levar adiante, o próprio Bolsonaro abandonou. O Bolsonaro repetia que no Brasil rico é taxado demais, agora quer passar de bom moço", criticou.
Sakamoto: Reforma Tributária será votada em nome do Brasil ou de bilhões a deputados?
O colunista do UOL Leonardo Sakamoto também comentou a respeito de o presidente Lula (PT) ter liberado hoje o recorde de emendas, de R$ 2,1 bilhões, em um único dia. O colunista criticou a relação mantida atualmente entre o Executivo e a Câmara dos Deputados.
Infelizmente essa é a relação que se estabeleceu. É legalizado, não é compra de votos ilegal, não é mensalão, é legalizado. Não é ilegal, mas é imoral. Precisa, liberar recurso e a pessoa vota, existe uma relação pedagiada entre o Executivo e o Legislativo.
"No final das contas fica esquisito, para dizer o mínimo. Deveríamos ter uma relação mais republicana e não uma relação que passe pela liberação de recursos", finalizou.
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