Deputada bolsonarista presta continência para Mauro Cid na CPI
A deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) prestou continência ao tenente-coronel Mauro Cid após o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) fazer sua declaração inicial na CPMI do 8 de Janeiro.
O que aconteceu?
Waiãpi, que é da base bolsonarista da Câmara, se posicionou rapidamente frente ao tenente-coronel e prestou continência. O momento foi flagrado pela transmissão da CPMI. O depoente acenou com a cabeça em resposta.
Em nota, a deputada informou que fez a ação se deu por "respeito à autoridade". "Eu como 1° Tenente e oficial da reserva, prestei minha reverência e respeito ao Tenente-Coronel ali presente, tendo em vista que iria me retirar para participar de outra CPI. Continência é a saudação militar. Ela é o sinal de respeito dado pelo militar individualmente a seus superiores, iguais ou subordinados, - ás autoridades, á bandeira ou ao Hino Nacional."
Na fala inicial, Mauro Cid disse que usaria de seu direito a permanecer em silêncio, direito concedido a Mauro Cid pelo STF. A ministra Cármen Lúcia também permitiu que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro seja assistido pelo advogado durante todo o tempo do depoimento.
Cid pode ficar em silêncio em relação a perguntas que possam incriminá-lo, mas é obrigado a dizer a verdade quanto aos demais questionamentos.
O tenente-coronel foi convocado na condição de testemunha, mas sua defesa argumentou intenção da CPMI de investigá-lo. "O conteúdo das justificativas de convocação não deixa nenhuma dúvida sobre sua condição de investigado", escreveram os advogados de Mauro Cid.
Por todo o exposto e sem qualquer intenção de desrespeitar vossas excelências e os trabalhos conduzidos por essa CPMI, considerando a minha inequívoca condição de investigado, por orientação da minha defesa e com base na ordem no habeas corpus 229323, concedido em meu favor pelo STF, farei uso ao meu direito constitucional ao silêncio.
Mauro Cid durante oitiva na CPMI do 8 de Janeiro
Acompanhe ao vivo a sessão da CPMI com Mauro Cid:
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