Conteúdo publicado há 9 meses

Defesa de bolsonarista preso em aeroporto diz não ter acesso ao processo

A defesa do influenciador bolsonarista Allan Frutuozo da Silva, detido ontem (26) no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, afirmou hoje ao UOL que continua sem acesso ao processo que resultou na prisão.

O que aconteceu

O advogado Ronan Alencar afirmou que "o custodiado, a família e a defesa técnica continuam sem qualquer informação" e que amanhã falará com Allan.

Defesa diz que não teve acesso aos autos 24h após a prisão. Ainda segundo Alencar, "mesmo após a juntada de toda documentação necessária, mais de 24 horas após a prisão do Allan Frutuozo, ainda não foi oportunizado à defesa técnica acesso aos autos que motivaram a expedição do mandado de prisão".

Sem informação sobre o conteúdo do processo. Sem acesso ao processo. Ou mesmo a decisão que decretou a sua prisão. Não sabemos qual foi a fundamentação motivadora do mandado de prisão e nem do que ele está sendo acusado.
Ronan Alencar, advogado de Allan Frutuozo da Silva

Allan é investigado por participar, divulgar e incentivar o ataque ao principal prédio da PF no dia 12 de dezembro, quando golpistas tentaram libertar um indígena detido naquele dia. O episódio antecedeu os ataques extremistas aos Três Poderes no 8 de janeiro em Brasília.

Invasão de prédio da PF

Frutuozo foi preso quando tentava embarcar em um voo para a Argentina e foi isolado pelos policiais quando tentava passar pela fila de emigração. Havia um mandado de prisão preventiva expedido contra ele desde dezembro do ano passado, pela Justiça Federal do Distrito Federal.

Logo depois de ser detido, Frutuozo foi levado para uma sala da polícia e começou uma transmissão no YouTube e no Twitter para avisar que estava sendo preso. "Parece que realmente vão me recolher. Não percam a esperança no Brasil", postou ele no Twitter.

Frutuozo é suspeito de associação criminosa e coação no curso do processo, segundo a decisão judicial.

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Em vídeos da invasão da PF, ele aparece estimulando outros bolsonaristas, com gritos de "é guerra" e também fala em "guerra contra comunistas", de acordo com relatório policial.

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