Mesmo com R$ 17 mi via Pix, Bolsonaro não pagou multas da pandemia em SP
Mesmo com mais de R$ 17 milhões recebidos neste ano em transferências via Pix identificados pelo Coaf em meio a uma campanha de arrecadação de recursos para multas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não pagou as cinco infrações sanitárias durante a pandemia aplicadas pelo governo de São Paulo.
O que aconteceu
Somadas, as cinco multas são de quase R$ 1 milhão. Procurado, o Tribunal de Justiça de São Paulo informou que as infrações não foram pagas e que os processos estão em andamento. Em junho deste ano, o TJ-SP bloqueou mais de R$ 160 mil em contas de Bolsonaro por duas das cinco ações que tramitam na Justiça de São Paulo.
As multas foram aplicadas em 2021 em momentos em que o ex-presidente foi flagrado ignorando protocolos de segurança para coibir a proliferação da covid-19 — ele não usou máscara de proteção em atos públicos no Estado. Por causa das multas, apoiadores de Bolsonaro deram início a uma campanha de contribuições via Pix para que ele pudesse quitar os valores estipulados pela Justiça.
Procurado pelo UOL, o advogado Fabio Wajngarten, que representa o ex-presidente, não respondeu. Caso haja posicionamento, o texto será atualizado.
Wajngarten se posicionou em seu perfil no Twitter em relação ao vazamento dos dados bancários do ex-presidente. De acordo com a nota, a defesa de Bolsonaro irá tomar "providências criminais cabíveis" para apurar o caso.
A ampla publicização nos veículos de imprensa de tais informações consiste em insólita, inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário (...). Para que se levantem suspeitas levianas e infundadas sobre a origem dos valores divulgados, a defesa informa que estes são provenientes de milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, tendo, portanto, origem absolutamente lícita.
Nota da defesa de Jair Bolsonaro
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