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Política

Ataque a Moraes: MP italiano dá parecer a favor de enviar vídeos ao Brasil

O Ministério Público da Itália deu um parecer positivo à Justiça do país para a liberação das imagens que mostram a confusão envolvendo o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), com brasileiros no aeroporto de Roma, em 14 de julho.

O que acontece agora

O órgão recebeu um pedido da Justiça italiana para se posicionar sobre o envio das imagens às autoridades brasileiras e deu aval para a continuidade do processo, segundo apurou o UOL. O parecer positivo foi enviado à Justiça.

O próximo passo é notificar as autoridades centrais italianas, que, então, podem mandar as imagens para o Brasil. Ao final do processo, elas serão entregues para a Polícia Federal em Brasília.

Ainda não há previsão de quando todo processo será concluído. O pedido de acesso às imagens foi feito em 17 de julho pela PF diretamente para a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal).

A filmagem será importante para esclarecer o que aconteceu no episódio, que teria culminado na agressão física do filho de Moraes por Roberto Mantovani Filho, 71. A Polícia Federal usa as frentes de cooperação policial internacional, pela Interpol, e também acionou o DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Conflito de versões

As versões de Moraes, já feitas à PF, e dos acusados são divergentes. Estes negam a agressão a Moraes. O ministro foi chamado de "bandido, comunista e comprado", conforme a investigação. As palavras teriam vindo de Andréia Mantovani, mulher de Mantovani.

Segundo o advogado da família Mantovani Filho, foi o filho de Moraes que iniciou agressões verbais contra a esposa de Roberto, Andreia Munarão. Na sequência, Roberto, para defender a esposa, "afasta o rapaz com os braços". Ele deu detalhes da versão dos acusados em entrevista ao UOL.

Já Moraes alegou em depoimento à PF que recebeu dois ataques verbais no aeroporto de Roma de Roberto Mantovani e Andréia Munarão. As ofensas seriam acusações de que Moraes havia "fraudado as urnas e roubado as eleições". A família defende que as imagens mostrarão os ataques.

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Os acusados respondem ao processo em liberdade. Durante as investigações, houve um mandado de busca e apreensão em dois endereços dos acusados em Santa Bárbara d'Oeste (SP). Na ocasião, foram apreendidos um computador e um celular.

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