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PF faz operação contra deputado que disse ter dado dinheiro para golpistas

A Polícia Federal faz uma operação na manhã de hoje contra um deputado que disse ter dado dinheiro para um acampamento golpista.

O que aconteceu:

Os dois mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, são contra o deputado estadual Amauri Ribeiro (União Brasil), em Goiânia e Piracanjuba (GO). Foi apreendido um celular que pertence ao parlamentar.

Em junho, Ribeiro disse que ajudou a bancar quem estava no acampamento golpista. "O dinheiro não veio de fora, veio de gente que acredita nessa nação, que defende esse país e que não concorda com esse governo corrupto e bandido".

Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro. Eu acompanhei lá e também fiquei na porta porque sou patriota.
Fala de Amauri Ribeiro na Assembleia Legislativa de Goiás

Na ocasião, Ribeiro também defendeu Benito Franco, um militar preso pela PF em uma das fases da Operação Lesa Pátria. Depois, o deputado tentou recuar e disse que os atos de 8 de janeiro foram "uma vergonha" e isentou os bolsonaristas que estavam em frente aos quartéis.

A prisão do Coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado. Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada. Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês.
Deputado Amauri Ribeiro

Após sua fala repercutir, o deputado chegou a enviar uma petição ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, pedindo para não ser preso

O advogado Demóstenes Torres, que defende Ribeiro, afirmou que pedirá acesso aos autos que originaram a medida cautelar de busca e apreensão.

A PF investiga indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos do Palácio do Planalto, Congresso e STF. Os fatos investigados constituem os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.

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