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Campanha por ministra negra no STF é exibida na Times Square, em Nova York

Uma campanha de movimentos sociais que pede por uma ministra negra no STF (Supremo Tribunal Federal) foi exibida na Times Square, em Nova York (EUA).

O que aconteceu

Exibição da campanha na famosa avenida foi compartilhada nas redes. "Colocamos na Times Square pro mundo inteiro ver!", escreveu o advogado Joel Luiz.

Na campanha, uma menina negra diz que sonha em ocupar uma das cadeiras da Corte. O vídeo é idealizado pela Coalizão Negra por Direitos e pelo Instituto de Defesa da População Negra e mostra uma criança com referências negras em diversas áreas, menos no Supremo.

Em 130 anos, em um país em que 56% da população é negra, nunca uma mulher negra exerceu o cargo de ministra da Suprema Corte. É urgente o compromisso de mudar essa estrutura de poder. Precisamos erguer essa memória.
Trecho de campanha por uma ministra negra no STF

Movimentos pressionam Lula após escolha por Zanin

Lula também é pressionado para escolher uma ministra negra para o lugar de Rosa Weber, que se aposenta em outubro. O AGU (advogado-geral da União), Jorge Messias, e o presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas — dois homens brancos —, estão entre os favoritos.

A última escolha de Lula para o STF foi Cristiano Zanin, que foi criticado pela base progressista e petista após suas primeiras decisões na Corte. Entre elas, seu voto contrário ao princípio da insignificância de um furto avaliado em menos de R$ 100 e à descriminalização do porte de drogas para uso pessoal.

A pressão tem feito o presidente reavaliar. Segundo a colunista do UOL Carolina Brígido, Lula teria sido convencido de que o custo político de substituir uma ministra por um ministro na Corte seria alto. Hoje, dos 11 integrantes, apenas duas são mulheres.

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O Planalto não comenta a decisão, só costuma reforçar que a escolha é "prerrogativa do presidente" e que ela será tomada "na data adequada". Na lista feminina de cotadas para a vaga, estão a ministra do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Katia Arruda, a ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Regina Helena Costa e as advogadas Carol Proner e Dora Cavalcanti.

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