Sakamoto: Acordo é boa saída e não deixa réus de ataque do 8/1 impunes
O acordo proposto pela PGR (Procuradoria-Geral da República) com réus dos ataques de 8 de janeiro é uma boa saída para não deixar ninguém impune, afirmou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto durante o UOL News desta sexta-feira (22).
Ao firmar o acordo, os réus confessam que cometeram os crimes e se comprometem a cumprir obrigações como prestação de serviços à comunidade, pagamento de multa e participação em curso sobre Democracia, além de proibição de manter contas em redes sociais abertas.
Acho que o STF, ao atender a demanda da OAB, deu uma boa saída. Quem cometeu um crime grave, que deve ficar aí entre 200 e 300 pessoas, pode e deve ir para cadeia. Agora, os demais, que estavam no acampamento ou cometeram crime de baixo impacto, vão poder fazer um curso, prestar serviços à comunidade e assim não ficam impunes.
Sakamoto afirmou também que como a questão de quem executou a tentativa de golpe está se resolvendo com a justiça, será necessário agora punir quem planejou.
Ainda está aberta a situação daquele que planejou o golpe, o cabeça do golpe, que está no centro de tudo isso, que claro é o ex-presidente Jair Bolsonaro. Esse ainda vai demandar um bom tempo porque, ao que tudo indica, tanto a polícia quanto o próprio STF querem um caso bastante parrudo para poder condenar Jair Bolsonaro.
Sakamoto: quantidade de mortos é indicador de incompetência, não de sucesso
A quantidade de mortes em uma operação policial é um indicador de incompetência, não de sucesso, disse o colunista Leonardo Sakamoto ao comentar a ação realizada em Salvador (BA) na manhã de hoje.
Pelo menos seis pessoas morreram e 15 foram presas em uma ação realizada no bairro de Águas Claras. Os mandados foram cumpridos com apoio de Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar.
Muitas vezes os governos estaduais colocam uma quantidade grande de cadáveres, uma pilha de corpos, normalmente de preto e pobre, como indicador de sucesso. Não é indicador de sucesso, é indicador de fracasso de politica de segurança pública.
O colunista do UOL destacou que uma grande quantidade de mortos nesse tipo de operação indica uma falha na operação da inteligência da polícia.
Uma estrutura de inteligência pode evitar que mortes aconteçam, evitando confrontos e atuando preventivamente para que essas pessoas sejam presas. Evitar esse corpo a corpo, inclusive, evita de colocar em risco a vida de policiais.
Carla: Possível cassação de Moro traria fim melancólico à Lava-Jato
Uma possível cassação do senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil-PR) aproxima a Operação Lava-Jato de um fim ainda mais melancólico, avaliou a colunista do UOLCarla Araújo.
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Quero receberMais cedo, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu uma reclamação disciplinar contra Moro e outras autoridades vinculadas à força-tarefa da operação.
Esse fantasma da cassação de Moro, assim como Dallagnol foi cassado, tem estado aqui (em Brasília) e circulando Moro já há algum tempo. Temos que aguardar os desdobramentos de como vai terminar essa história, mas é uma história que parece cada vez mais melancólica.
"É um enredo que a gente tem acompanhado essa novela do fim da Lava-jato que esta faltando ser enterrada", completou.
Sakamoto: Para Rosa Weber, STF não atropela o Congresso ao descriminalizar aborto
Em seu voto, a ministro Rosa Weber indica que o STF não atropela o Congresso ao descriminalizar o aborto, segundo o colunista do UOL Leonardo Sakamoto.
A ministra Rosa Weber tomou cuidado para que logo no começo de seu voto tentasse afastar essa percepção. Foi uma preocupação dela evitar dar a entender que o Supremo está atropelando, legislando no lugar do Congresso Nacional.
Sakamoto ainda apontou que a atual presidente do STF afirmou que a democracia deve expressar a vontade da maioria, mas representando a dignidade da minoria política. Além disso, destacou que o STF tem o dever de verificar se a legislação está de acordo com a Constituição.
Rosa Weber também falou que o STF tem todo poder para verificar se uma legislação está de acordo ou não com a Constituição federal. [Ela deixa claro], não estamos legislando, estamos apenas cumprindo a tarefa constitucional para a qual fomos constituídos.
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