Análise: Enxergam identitarismo em negros, mas nunca em homens e brancos
A falta de diversidade nos principais órgãos de Justiça do Brasil é "ruim" para que a democracia se "concretize", analisa a professora de Direito da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Yasmin Curzi, durante participação no UOL News da tarde desta terça-feira (26).
O presidente Lula (PT) disse que sua indicação ao STF (Supremo Tribunal Federal) não será por raça ou gênero. "O critério não será mais esse [raça ou gênero]. Eu estou muito tranquilo, por isso que eu estou dizendo que eu vou escolher uma pessoa que possa atender aos interesses e expectativas do Brasil, uma pessoa que possa servir o Brasil. Uma pessoa que tenha respeito com a sociedade brasileira".
É sempre muito interessante como o identitarismo tem ali, como grupos que são identitárias as pessoas negras, pardas e mulheres. Nunca é identitarismo ter um corpo decisório majoritariamente branco e masculino.
Yasmin Curzi, professora de Direito da FGV
Esse argumento do que é identitário ou não é, é muito importante a gente tentar trazer alguma materialidade. Não é o corpo de homens brancos que deveria estar tomando as principais decisões.
Essa desigualdade histórica que a gente vê nos principais corpos de decisão do país, é bastante ruim para que a democracia se concretize de fato.
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