O que réu que morreu na Papuda fez nos atos golpistas de 8/1?
Cleriston Pereira da Cunha, 46, o homem preso pelos atos golpistas de 8 de janeiro que morreu na Penitenciária da Papuda, se tornou réu por sete crimes, mas ainda não havia sido julgado pela Corte.
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O que ele fez?
Cleriston Pereira da Cunha foi preso em flagrante no Senado durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Mais tarde, a prisão em flagrante foi convertida para preventiva e desde então ele estava recolhido na unidade prisional em Brasília.
Denúncias. O homem foi denunciado pela PGR pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Depredação com outros invasores. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Cunha fez parte do grupo de invasores que entrou no Congresso Nacional. Ele teria quebrado vidraças, espelhos, móveis, lixeiras, computadores, obras de artes e câmeras de seguranças, além de ter queimado o salão verde da Câmara usando uma substância inflamável e destruído uma viatura da Casa. Ainda de acordo com a publicação, ele teria andado por diversas áreas do Congresso Nacional, incluindo os salões principais da Câmara e do Senado, as galerias e as cúpulas, na parte externa, junto com os outros invasores.
Ele se tornou réu após a denúncia ser aceita pelo STF, mas ainda não havia sido julgado pela Corte. O caso tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Pedido de liberdade provisória. Em setembro, a PGR concordou com o pedido da defesa e defendeu a liberdade provisória de Cleriston mediante medidas cautelares, como uso de tornozeleira. O relator da ação penal, Moraes, não chegou a avaliar o pleito.
O que aconteceu:
Cleriston teve um mal súbito no bloco de recolhimento, durante o banho de sol por volta das 10h de segunda-feira (20), de acordo com ofícios enviados pela Papuda à juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais.
"De imediato foi acionada a equipe de saúde que em instantes ingressou no bloco, dando início aos protocolos de ressuscitação cardiopulmonar", diz o informe.
Acompanhamento médico. A Seape (Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal) informou que o detento era acompanhando "por equipe multidisciplinar" da UBS (Unidade Básica de Saúde) da Papuda "desde a entrada na unidade em 09/01/2023".
Viaturas do Corpo de Bombeiros e do Samu foram acionadas. "Não obstante os esforços das equipes envolvidas na estabilização e ressuscitação do paciente, às 10h58 foi constatado o óbito pelo médico integrante da equipe do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal", informa a Papuda.
*Com Estadão Conteúdo
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