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Preso por atos golpistas de 8 de janeiro morre após passar mal na Papuda

Um homem preso por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro morreu hoje (20) após passar mal no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Cleriston Pereira da Cunha, 46, teve um "mal súbito" durante o banho de sol, segundo informações da unidade prisional.

Após a morte, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, cobrou informações à Papuda, incluindo o prontuário médico de Cleriston.

O que aconteceu

Cleriston teve um mal súbito no bloco de recolhimento, durante o banho de sol por volta das 10h, de acordo com ofícios enviados pela Papuda à juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais.

"De imediato foi acionada a equipe de saúde que em instantes ingressou no bloco, dando início aos protocolos de ressuscitação cardiopulmonar", diz o informe.

A Seape (Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal) informou que o detento era acompanhando "por equipe multidisciplinar" da UBS (Unidade Básica de Saúde) da Papuda "desde a entrada na unidade em 09/01/2023".

Viaturas do Corpo de Bombeiros e do Samu foram acionadas para levar Cleriston a uma unidade de saúde fora do complexo prisional.

"Não obstante os esforços das equipes envolvidas na estabilização e ressuscitação do paciente, às 10h58 foi constatado o óbito pelo médico integrante da equipe do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal", informa a Papuda.

Após receber o comunicado, a juíza Leila Cury enviou um ofício ao Supremo Tribunal Federal informando da morte. Procurado pelo UOL, o STF ainda não se manifestou.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) publicou um vídeo lamentando o caso e dizendo que vai acompanhar o caso. Ela disse que o preso tinha problemas de saúde: "Vamos acompanhar isso de perto. Nós não precisávamos chegar a isso. Que Deus conforte a família. Os senadores de oposição vão acompanhar este caso", disse.

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Preso durante atos de 8/1

Cleriston Pereira da Cunha foi preso em flagrante no Senado durante os atos golpistas de 8 de janeiro. Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e, de acordo com a Vara de Execuções Penais, recebia visitas da companheira e das duas filhas, que moram no Distrito Federal.

Ele também recebia atendimento médico. Nos autos, consta que ele tinha diabetes e hipertensão, fazendo uso de medicação controlada. Em maio, ele foi encaminhado ao Hospital Regional de Asa Norte, em Brasília.

Cleriston foi denunciado pela PGR pelos crimes de associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

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Ele se tornou réu após a denúncia ser aceita pelo STF, mas ainda não havia sido julgado pela Corte.

Em setembro, a PGR concordou com o pedido da defesa e defendeu a liberdade provisória de Cleriston mediante medidas cautelares, como uso de tornozeleira. O relator da ação penal, ministro Alexandre de Moraes, não chegou a avaliar o pleito.

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