Reinaldo: Não dá para PT criticar Haddad ao mesmo tempo em que aplaude Lula
O colunista do UOL Reinaldo Azevedo apontou durante o programa Olha Aqui! que existe uma incoerência do PT ao criticar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao mesmo tempo em que aplaude o presidente Lula.
Não cabe personalizar no Haddad uma escolha que o PT não gosta e ao mesmo tempo aplaudir o Lula porque é uma figura que se coloca um pouco acima da crítica no PT. Reinaldo Azevedo
Em entrevista a um podcast do PT da Bahia, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu afirmou que uma das tarefas do partido é apoiar as medidas do governo Lula, especialmente as do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Recentemente, Gleisi Hoffmann, presidente do PT, teve atritos com Haddad por discordar de algumas de suas medidas econômicas.
Para Reinaldo, há incoerência em criticar Haddad e aplaudir Lula porque as escolhas da política econômica são feitas pelo próprio presidente, enquanto Haddad apenas formula propostas econômicas em que a palavra final será de Lula.
A política econômica do Haddad é do Haddad ou do Lula? A resposta óbvia é que é do Lula, não do Haddad. Se o Lula disser não, é não. É o Lula que decide e o Haddad é um formulador de políticas públicas econômicas e faz escolhas que considera compatíveis com o que analisa em relação à perspectiva da economia brasileira, mas quem faz a escolha é o Lula. Evidentemente Lula não está na ponta de cada ministério, mas escolhas macro de políticas econômicas é o Lula quem faz. Reinaldo Azevedo
O colunista do UOL ainda afirmou que as críticas feitas dentro do PT a Haddad foram excessivas e que o assunto deveria ser resolvido internamente, e não com críticas públicas.
Foi além do limite. O partido tem sim um papel de debate interno e ativo, mas uma vez feita a escolha, o partido tem que dar apoio a aquele que está fazendo a política escolhida pela principal referência do partido, que é o presidente da República. Reinaldo Azevedo
Por fim, Reinaldo também disse que o momento das críticas a Haddad foi inoportuno, uma vez que o ministro tenta negociar com o Congresso para conseguir formas de atingir o déficit zero.
É quase uma covardia porque as críticas foram feitas ao Haddad no mesmo momento em que ele estava lutando com o Congresso para conseguir receitas, então o papel do PT deveria ser de fazer o debate adequado das isenções e das várias maneiras que tem o Estado de abrir mão de receitas em benefício de determinados setores. Reinaldo Azevedo
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