Conteúdo publicado há 3 meses

ONG Transparência Internacional admite erros em relação com a Lava Jato

Durante entrevista ao UOL News desta segunda-feira (5), o diretor-executivo da ONG Transparência Internacional Bruno Brandão admitiu erros em relação com a Lava Jato, mas rejeitou o que chama de "tentativa de distorção para criar campanha difamatória".

Hoje, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli autorizou a investigação da ONG para saber se houve apropriação indevida de verbas de operações de combate à corrupção, como a Lava Jato. A ONG nega ter recebido dinheiro indevido.

Se eu tive arrependimento de ter tido diálogos com agentes específicos da operação Lava Jato? Acho que aqui é importante pensar o que eram aqueles diálogos. O problema da Lava Jato não é que eram diálogos falsos, normalmente eram diálogos que de fato ocorreram. O problema é como aquilo foi interpretado e divulgado de uma maneira que tentava vilanizar e deslegitimar qualquer trabalho que foi feito naquele período no combate à corrupção. Bruno Brandão, diretor-executivo da ONG Transparência Internacional

Claro que houve erros, que tem diálogos que devem ser escrutinizados, debatidos e criticados. A Transparência Internacional pode e deve ser criticada. Mas o que não pode fazer é tentativa de distorção para criar campanha difamatória e assédio judicial. Bruno Brandão, diretor-executivo da ONG Transparência Internacional

Brandão explica como funcionam os diálogos da ONG, que trabalha em busca de combater a corrupção inclusive com órgãos oficiais de outros países.

A Transparência Internacional dialoga com autoridades dedicadas ao [combate] à corrupção no mundo inteiro. [...] Temos colaboração formal em diversos países com ministérios públicos, são colaborações diretas com agentes da lei para que promovamos essa pauta do combate à corrupção, que é uma pauta das autoridades e da Transparência Internacional. Bruno Brandão, diretor-executivo da ONG Transparência Internacional

Tivemos diálogo com a força-tarefa da Lava Jato, com a operação Greenfield, que se criou toda essa fake news. Tivemos muito diálogo e colaboração com a força-tarefa da Amazônia e todas as forças-tarefas que tiveram como objetivo enfrentar a grande corrupção. Bruno Brandão, diretor-executivo da ONG Transparência Internacional

O diretor-executivo da ONG admite ter tido "decepções grandes" com a Lava Jato e lamenta a operação ter sido usada para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nós tivemos decepções grandes com a força-tarefa, criticamos publicamente. Principalmente ela ter apoiado o governo autoritário de Bolsonaro, usando sua imagem de combate à corrupção para defender alguém que era absolutamente contrária ao que representa a luta contra a corrupção, que é uma luta por direitos. Bruno Brandão, diretor-executivo da ONG Transparência Internacional

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