Ameaça de golpe e apelo à fé: como foi reação de bolsonaristas à ação da PF
Grupos bolsonaristas apelaram à fé e fizeram novos ataques ao STF e ameaças de golpe de Estado nas últimas horas, após a operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O que aconteceu
"Guerra civil já". Em um grupo bolsonarista no X (antigo Twitter), um internauta "convoca" apoiadores para uma reação bélica. "Guerra civil já. Vamos para as ruas", escreveu.
"Prender Lula e fechar o STF", disse outro internauta. "Ou não teremos mais Brasil", complementou. "Se o Bolsonaro for preso, teremos uma guerra civil", postou um internauta em um grupo bolsonarista no Telegram.
Apelo religioso. "Bolsonaro precisa de todos nós. Oremos por ele", escreveu uma internauta em um grupo bolsonarista no Telegram. "Só oração não vai adiantar. Ele precisa do povo ou será preso", respondeu outra.
"Bolsonaro: nação ao seu comando". Em outro grupo do Telegram, um bolsonarista tenta mobilizar um ato nas ruas. "Meus irmãos em Cristo Jesus. Nós, os filhos da nossa pátria amada Brasil, somos o seu Exército civil (...). Sim, iremos para as ruas. E de lá não sairemos até que libertem os heróis do Brasil, que lutam pela pátria amada e foram tiranicamente presos (...). Bolsonaro: nação se apresentando em sua defesa e ao seu comando".
Como foi a operação
Jair Bolsonaro foi obrigado a entregar o seu passaporte. O ex-presidente foi alvo da operação ontem, quando estava em sua casa em Angra dos Reis (RJ). A operação apura a existência de uma suposta organização criminosa para mantê-lo no poder.
O coronel Marcelo Costa Câmara e Filipe Martins, ex-assessores de Bolsonaro, foram presos. A PF também prendeu Rafael Martins de Oliveira, major do Exército.
O ex-ministro Torres já responde no STF por suspeita de conivência e omissão com os atos de 8 de janeiro. Essa acusação fez ele ficar preso por quase quatro meses.
Como está a operação. A PF cumpriu ontem 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares.
Entre as medidas cautelares, está a proibição de contato entre investigados, entrega de passaportes em até 24 h e suspensão do exercício de função pública. A PF cumpre os mandados no Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.
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