'Estamos aquém do que prometemos', diz Lula sobre queda de popularidade
O presidente Lula (PT) disse que o governo ainda está "muito aquém" do que prometeu. Pesquisa Ipec divulgada na semana passada mostra que a avaliação do governo caiu para 33%, o pior índice registrado pelo instituto desde março do ano passado.
O que aconteceu
Lula afirmou que não há motivo para receber "100% de popularidade". "Eu tenho certeza absoluta que não tem nenhuma razão do povo brasileiro me dar 100% de popularidade porque ainda nós estamos muito aquém daquilo que prometemos", disse em entrevista ao SBT News, exibida nesta segunda-feira (11).
O presidente ressaltou que ainda está começando o segundo ano de mandato. "Nós preparamos a terra, aramos a terra, adubamos a terra e colocamos a semente. Cobrimos a semente. Agora, este é o ano em que a gente vai começar a colher aquilo que nós plantamos".
Lula ainda classificou as pesquisas como "fotografia do momento". "A gente tem de entendê-la como uma fotografia em função do momento em que você está vivendo e você utiliza a pesquisa não para ser contra ou para ficar feliz ou muito triste por causa da pesquisa. Você utiliza a pesquisa como instrumento de ação e de mudança da tua estratégia de governo".
Durante a entrevista, o presidente também comentou sobre a Petrobras. Ele disse que é preciso pensar além dos acionistas da estatal. "Tem que pensar o investimento e em 200 milhões de brasileiros que são donos ou sócios dessa empresa. O que não é correto é a Petrobras, que tinha que distribuir R$ 45 bilhões de dividendos, querer distribuir R$ 80 bilhões".
Pesquisa Ipec
A avaliação do governo Lula (PT) caiu para 33%, o pior índice registrado pela pesquisa Ipec desde março do ano passado. O levantamento foi divulgado na última sexta-feira (8) pelo instituto.
O governo Lula tem 33% de ótimo e bom. Em dezembro do ano passado, esse índice era de 38%.
Os que classificam a administração como regular também são 33%, enquanto a pesquisa mostra 32% para ruim ou péssimo.
O índice de avaliação positiva é o menor desde o primeiro levantamento, em março. Na época, o governo tinha 41% de ótimo ou bom. Já a avaliação negativa é a maior, saindo de 24% para 32%.
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