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Tales: Imagem da Câmara sai ferida ao adiar decisão sobre Chiquinho Brazão

A imagem da Câmara dos Deputados sai ferida ao adiar hoje a decisão sobre a prisão do deputado Chiquinho Brazão, opinou o colunista do UOL Tales Faria durante o UOL News desta terça-feira (26). Brazão foi preso suspeito de matar a vereadora do Psol Marielle Franco em 2018, no Rio de Janeiro, em atentado político.

Tudo bem, está certo o presidente da Câmara quando diz que ele [Chiquinho Brazão] vai continuar preso, isso não muda. Mas a decisão da Câmara só será tomada com essas duas sessões lá pelo dia 10, ou seja, essa decisãozinha [de vista] na CCJ atrasou para burro a decisão do plenário. Tales Faria, colunista do UOL

O que isso significa? Que a Câmara, a imagem do parlamento, dos políticos, sai muito ferida, porque eles não tomam uma decisão. É isso que tá ocorrendo. Tales Faria, colunista do UOL

A verdade verdadeira dessa história toda é o seguinte: a Câmara vai acabar permitindo a prisão sim, mas não está nem um pouco confortável com isso, não estão gostando. O Arthur Lira está sendo muito pressionado pelo principal mentor dele. Arthur Lira é cria de um sujeito chamado Eduardo Cunha, que foi um presidente da Câmara de triste memória. Tales Faria, colunista do UOL

Tales Faria lembra que Eduardo Cunha é pai da deputada federal Dani Cunha (União Brasil-RJ), e reforça o desconforto dos parlamentares sobre o tema da prisão de Chiquinho Brazão.

[Cunha] É pai de uma deputada que se chama Dani Cunha. Essa deputada se pronunciou contra a prisão do Chiquinho Brazão, que é aliado dela, do Eduardo Cunha, dessa gente toda, até com um argumento muito curioso, ela tem certa razão. Ela na reunião do União Brasil disse o seguinte: 'como é que a gente vai fazer isso sendo o União um partido com a administração que tem?'. Ou seja, está citando a briga interna do União Brasil, que teve até casas incendiadas, ameaças de morte etc. Tales Faria, colunista do UOL

O parlamento está tendo que manter a prisão do Chiquinho Brazão, mas está extremamente desconfortável. Esse desconforto se traduz na decisão de não decidir, de não votar. É isso que ocorreu agora na CCJ. Tales Faria, colunista do UOL

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