Tabata diz que Alckmin será trunfo com eleitorado em SP: 'Ajuda 100%'
Do UOL, em São Paulo
24/05/2024 18h43Atualizada em 25/05/2024 02h33
A deputada Tabata Amaral (PSB-SP), pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, disse acreditar que a ligação com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), colega de partido, não vai atrapalhar sua aceitação junto ao eleitorado da cidade.
O que aconteceu
Tabata falou nesta sexta-feira (24) a um grupo de investidores sobre a preparação para disputar a Prefeitura de São Paulo. Ela teve um encontro com a Prada Assessoria, voltada a investimentos e sucessão patrimonial, que também já recebeu o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), outro pré-candidato à gestão municipal.
A deputada afirmou que Alckmin "ajuda 100%" a agregar apoios na cidade. Ela foi questionada se o eleitor paulistano teria passado a rejeitar Alckmin após o ex-tucano — que foi governador do estado — migrar para o PSB e fazer chapa com o presidente Lula (PT). A parlamentar negou que o vice-presidente afaste o eleitorado.
Para além do dia a dia, e da força que ele dá, ele [Alckmin] simboliza algumas coisas que eu falo muito no nosso projeto. Que é a questão de ser bom de diálogo, de ser bom de gestão, de juntar inovação com experiência. Até o time com quem a gente vem montando o plano de governo [a equipe de Tabata], muitos desses quadros trabalharam com o vice-presidente Geraldo Alckmin
Tabata Amaral (PSB-SP)
Tabata não indica apoio em 2º turno
A deputada não indicou se vai preferir apoiar Boulos ou o prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP) em um eventual segundo turno. Ela afirma que tem criticado igualmente os dois candidatos, mas que seu principal desafio é convencer o eleitor de que a atual gestão municipal não é boa.
Tabata também não apontou quem deve ser candidato a vice na chapa dela. O apresentador José Luiz Datena, nome cogitado inicialmente, estuda ser candidato pelo PSDB, mas a deputada diz que ainda espera apoio do partido e que sonda lideranças tucanas para a posição de vice.
Eu não estou aqui para apoiar Boulos ou Nunes no segundo turno. Eu não estou aqui para compor equipe, para compor governo, o que quer que seja. E isso eu deixei muito claro. E é uma questão de eu dar ao meu projeto o tamanho que ele tem. Eu trazer um cenário de segundo turno no qual eu não esteja é apequenar esse projeto.
Tabata Amaral, sobre a possibilidade de apoiar Boulos ou Nunes
Eu converso com Datena, converso com Mario Covas Neto, converso com o Zé Aníbal, converso com Aécio, converso com Marconi Perillo. Mas a gente vem pontuando, em reuniões fechadas e abertas, que é uma decisão do partido.
Tabata Amaral, sobre as possibilidades de vice para a chapa
Tabata evita atacar mudanças na PM sob Tarcísio
A deputada foi questionada sobre as trocas no comando da PM sob o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). Ela afirmou que tem críticas "à forma como as mudanças foram conduzidas", mas que não se pode assumir que os coronéis nomeados pela atual gestão não tenham a mesma "visão de estratégia" e "de inteligência" dos antecessores.
Tabata criticou, no entanto, a falta de articulação entre as forças de segurança que atuam na capital. Um exemplo desse descompasso, segundo ela, é a situação da "cracolândia", no centro da capital.
O prefeito e o governador são aliados, certo? Mas não conseguem se entender na questão da "cracolândia". A prefeitura joga para um lado, o governo do estado joga para outro, e vai espalhando. Porque não tem um comitê para compartilhar informação, para compartilhar operações e inteligência, para planejar essas operações conjuntamente.
Tabata Amaral, sobre a segurança pública na capital