Imagens: 4 cidades fazem ato contra projeto que equipara aborto a homicídio
Ao menos quatro capitais brasileiras tiveram atos na noite de quinta-feira (13) contra o projeto de lei que iguala a pena por aborto à pena por homicídio.
O que aconteceu
São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis e Brasília protestaram hoje, um dia após a Câmara dos Deputados aprovar a urgência do projeto de lei. Isso significa que a proposta não vai precisar passar pelas comissões temáticas da Casa e pode ir à votação em plenário a qualquer momento.
Manifestantes se reuniram em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo); na Cinelândia, no Rio; em frente ao Museu da República, em Brasília e ao Ticen, em Florianópolis.
Cartazes usados nos protestos chamam o texto de "PL dos Estupradores". Os manifestantes também pediram a garantia da interrupção da gravidez de maneira legal e segura. Alguns levaram lenços verdes, como os que marcaram protestos a favor da legalização do aborto na Argentina.
Veja imagens:
CRIANÇA NÃO É MÃE! ESTUPRADOR NÃO É PAI!
-- Sâmia Bomfim (@samiabomfim) June 13, 2024
O ato em São Paulo foi enorme e muito diverso! As meninas e mulheres brasileiras dizem NÃO AO PL 1904! Não ao PL da Gravidez Infantil! #PLdoEstupradorNão #CriançaNãoÉMãe pic.twitter.com/9K2BTfSvB2
CRIANÇA NÃO É MÃE!
-- Sâmia Bomfim (@samiabomfim) June 13, 2024
O ato em São Paulo, no MASP, já está lotado. Vamos tomar as ruas do Brasil e lutar para derrotar esse projeto perverso! Pela vida das meninas e mulheres! #CriançaNãoÉMãe #PLdoEstupradorNão pic.twitter.com/VoMO01CV6B
AGORA
-- Camarote da República (@camarotedacpi) June 14, 2024
Manifestantes tomam as ruas de capitais brasileiras protestando contra o PL 1904, que propõe revitimizar meninas e mulheres vítimas de estupro.
Brasília
Matheus Alves / Mídia NINJA#CriancaNãoÉMãe #EstupradorNãoÉPai pic.twitter.com/x6v9lax3Q6
Ato agora na Cinelândia, Rio de Janeiro, contra o PL DO ESTUPRADOR. #CriançaNãoÉMae#PL1904Não#PLdoEstupradorNão
-- Lázaro Rosa (@lazarorosa25) June 13, 2024
@fabjanski pic.twitter.com/CfMEWdhNFP
Rio de Janeiro
-- Camarote da República (@camarotedacpi) June 14, 2024
Rodrigo Amodei / Coletivo Juntas#CriancaNãoÉMãe #EstupradorNãoÉPai pic.twitter.com/qFpBFjy3Dx
Ato no centro de Florianópolis (SC) contra o PL 1904, chamado por 8M SC e Frente Catarinense pela Legalização do Aborto.#CriançaNãoÉMae#PL1904Não#atocontrapl1904#PLdoEstupradorNão pic.twitter.com/h7qUFzaDzE
-- Portal Catarinas (@PortalCatarinas) June 13, 2024
Entenda o projeto
Proposta de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) prevê que aborto com mais de 22 semanas de gestação seja considerado homicídio em qualquer situação —inclusive em casos de gravidez após estupro.
A pena para a mulher pode ser de seis a vinte anos de prisão. Para estupradores, o tempo de detenção máximo é de dez anos.
A lei brasileira permite o aborto em três casos: gestação após estupro, risco de morte para a mãe e fetos anencefálicos. Não há restrição de tempo para o procedimento.
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Quero receberCaso seja aprovado, projeto agrava casos de gravidez de meninas de até 14 anos e revitima vítimas de estupro, disse a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
Seja por desinformação sobre direitos e como acessá-los, exigências desnecessárias, como boletim de ocorrência ou autorização judicial; ou pela escassez de serviços de referência e profissionais capacitados, o Brasil delega a maternidade forçada a essas meninas vítimas de estupro, prejudicando não apenas o futuro social e econômico delas, como também a saúde física e psicológica.
Cida Gonçalves, ministra das Mulheres, em nota
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