Com 1 ano de atraso, Lula cobra rapidez por plano de segurança na Amazônia
O presidente Lula (PT) divulgou nesta segunda-feira (17) um aporte ao plano de segurança da Amazônia, lançado há um ano, e aproveitou para fazer uma cobrança à equipe de governo para ser mais célere na execução de projetos anunciados.
O que aconteceu
O Amas (Plano Amazônia: Segurança e Soberania) vai receber um investimento de R$ 318,5 milhões do BNDES. O projeto foi anunciado em junho de 2023, durante a gestão de Flávio Dino no Ministério da Justiça, mas ainda não tinha recebido grandes investimentos.
"Se levar mais um ano, vai terminar mandato sem colocar em prática nosso plano", reclamou Lula.
"Quero fazer apelo aos companheiros que vão executar: é preciso ser rápido, passar por cima dos manuais. É preciso tentar fazer as coisas acontecerem.
presidente Lula
Quando anunciado, o Amas teria um investimento de R$ 2 bilhões e criaria 34 bases de segurança. Até então, não foi iniciada a construção de nenhuma delas. "É importante que a gente apresse um pouco o processo de construção. Menos reunião, menos burocracia, menos papel e fazer as coisas acontecerem", disse Lula.
O mandato é só de 4 anos, daqui a pouco a gente termina o mandato, não consegue executar, vem outro e não executa mais, dinheiro desaparece e acabou. E fica para mais 50 anos alguém que queira cuidar da Amazônia. Estou falando isso pra pedir agilidade pras coisas acontecerem.
presidente Lula
Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça, negou que o presidente tenha reclamado e falou em "continuidade" na gestão. "Ele não disse que o projeto não andou como deveria. O projeto andou, teve resultados. O que ele reclama, com razão, é que a nossa legislação que estabelece regras para licitações públicas é extremamente formal e burocrática."
"Nós estamos submetidos aos vários órgãos de fiscalização", justificou Lewandowski. "Ele [Lula] sempre recomenda que nós sigamos estritamente a lei. O que ele pede é que nós tenhamos uma atenção especial para que nós mantenhamos o ritmo dessas licitações."
Segundo o governo, o plano prevê hoje o investimento total de R$ 1,2 bilhão. Esta quantia deverá ser repartida ainda entre estados e municípios da Amazônia Legal para serem alocados exclusivamente no combate ao tráfico e garimpo ilegal, entre outras medidas de segurança.
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