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Médico da ONU infectado com ebola morre em hospital alemão

14/10/2014 09h23

O sudanês infectado com ebola e transferido da Libéria para a Alemanha para receber tratamento, morreu na clínica de St. Georg, em Leipzig, nesta terça-feira (13), de acordo com os responsáveis pelo centro hospitalar.

O paciente, que tinha 56 anos, era funcionário das Nações Unidas e chegou na Alemanha na última quinta-feira (9). Ele foi o terceiro infectado levado da África para o país para receber tratamento contra a doença.

"Apesar das intensivas medidas médicas adotadas e do esforço de médicos e enfermeiros" o homem, que não teve o nome revelado, morreu durante a madrugada, disse à imprensa local o porta-voz do hospital, Martin Schamlz.

Assim que foi diagnosticado com o vírus, o médico da ONU foi transferido da Libéria para a Alemanha em um avião adaptado e foi internado na clínica St. Georg, um dos sete hospitais do país com unidades de isolamento para doenças altamente infecciosas. Após os primeiros exames, a clínica classificou o estado do paciente como "extremamente crítico". 

A primeira pessoa com ebola recebida pelos alemães foi internada no hospital universitário de Eppendorf, em Hamburgo. O paciente, um trabalhador senegalês da Organização Mundial de Saúde (OMS) que pegou a doença em um laboratório de Serra Leoa, recebeu alta após cinco semanas de tratamento.

Na clínica universitária de Frankfurt segue internado um médico de Uganda que também trabalhava em Serra Leoa, mas como funcionário de uma ONG italiana.

 

 

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha disse que a recepção de doentes estrangeiros no país é um ato de solidariedade e que o governo seguirá atendendo os pedidos de ajuda de organizações internacionais.

O ministro alemão de Saúde, Hermann Gröhe, afirmou nesta segunda-feira (13) que, segundo os especialistas, a probabilidade de ocorrer o contágio por ebola de um paciente que chega infectado ao país "é muito baixa". Grohë quis tranquilizar a população após os casos registrados na Espanha e nos Estados Unidos, onde enfermeiras se contaminaram com o vírus após cuidar de infectados, assegurando que o país está "preparado" para essa eventualidade.

A Alemanha dispõe de cinquenta leitos para serem utilizados por pacientes com ebola e conta com quatro aeroportos preparados para atenderem casos suspeitos que possam ser detectados a bordo de um avião.