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Candidata a vacina intranasal de Cuba apresenta bons resultados em estudo

26.nov.2016 - A bandeira de Cuba - Yamil Lage - 26.nov.2016/AFP
26.nov.2016 - A bandeira de Cuba Imagem: Yamil Lage - 26.nov.2016/AFP

28/04/2022 20h09Atualizada em 28/04/2022 20h09

A candidata a vacina cubana Mambisa, a primeira intranasal desenvolvida por Cuba contra a covid-19, tem obtido bons resultados nos estudos clínicos, informou a imprensa oficial nesta quinta-feira.

Segundo Guillén Nieto, diretor de Pesquisas Biomédicas do estatal Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia (CIGB), a Mambisa quadruplicou os anticorpos contra o coronavírus Sars-CoV-2 em mais de 70% dos voluntários no estudo.

Os resultados preliminares "mostram que pelo menos 80% dos voluntários atingiram os níveis de resposta imunológica esperados", escreveu o jornal oficial "Granma".

O estudo consistiu em aplicar a Mambisa em quase metade dos 1.041 voluntários como dose de reforço (os demais voluntários receberam a vacina cubana contra covid-19 Abdala).

Mambisa é a única candidata cubana a vacina obtida por engenharia genética, com proteína recombinante com mais de 99% de pureza, explicou recentemente Guillén, ao ressaltar que é considerado "um medicamento muito seguro".

O antígeno da Mambisa contra o coronavírus é o mesmo que o da Abdala, vacina que já obteve autorização de emergência do Centro de Controle Estatal de Medicamentos, Equipamentos e Dispositivos Médicos (CECMED) e foi aplicada em mais de 8 milhões de cubanos.

O CIGB espera poder apresentar o seu relatório final sobre a Mambisa ao CECMED, a autoridade reguladora cubana, até junho e solicitar a sua autorização de uso de emergência.

A Mambisa, segundo os fabricantes, tem a vantagem de não ter de ser injetada - é administrada no nariz - e por isso bloqueia o coronavírus no principal ponto de entrada no corpo.

Até agora, Mambisa é uma das 11 candidatas a vacina administradas via nasal em todo o mundo, explicou Guillén, e seria a quarta vacina de Cuba contra o coronavírus Sars-CoV-2.

Cuba, que não adquiriu vacinas no mercado internacional, mas desenvolveu as suas próprias fórmulas no complexo biofarmacêutico estatal, administra atualmente três vacinas diferentes (Abdala, Soberana 02 e Soberana Plus) à população com dois anos de idade ou mais.

Cerca de 10 milhões de cubanos, de uma população total de 11,2 milhões, já receberam o ciclo completo de imunização no país, enquanto 6,5 milhões já tomaram a dose de reforço.