80% dos jovens abusam dos fones de ouvido, aponta estudo
São Paulo - Os adolescentes têm abusado do volume dos fones de ouvido. Pesquisa feita com estudantes de dois colégios particulares da cidade de São Paulo mostrou que quase 80% dos jovens ouvem música com fones de ouvido em volume superior ao limite considerado seguro.
Realizado pela Proteste e Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), o levantamento mediu o volume do som escutado por 68 estudantes dos Colégios Marista Arquidiocesano e Dante Alighieri e verificou que 79,4% dos alunos ouviam música em volume superior a 85 decibéis, limite para evitar lesões auditivas.
O volume médio aferido pelos pesquisadores foi de 92 decibéis, que pode ser comparado, por exemplo, a uma batedeira. O volume máximo encontrado no caso de um dos estudantes foi de 109 decibéis, índice superior ao ruído feito por uma furadeira.
De acordo com Paulo Roberto Lazarini, médico otorrinolaringologista e presidente da SBO, ouvir música em volume superior ao recomendado por longos períodos de tempo leva a lesões nos receptores da cóclea, estrutura do ouvido responsável por captar os sons. "A perda auditiva, em menor ou maior grau, acontece a partir dos 50 anos, com o envelhecimento. O que vai acontecer com esses jovens é que poderão ter perdas mais severas ou precoces", afirmou. Participaram da pesquisa alunos com idade entre 11 e 18 anos.
Outro resultado que preocupou os pesquisadores foi o tempo de exposição ao som alto nos fones de ouvido. Segundo o estudo, 64% dos estudantes pesquisados ouvem música no fone de ouvido por um período superior a duas horas diárias. "No intervalo de 90 a 100 decibéis, índice médio que foi medido entre os estudantes, o tempo máximo de exposição não deve ultrapassar a duas horas", disse o presidente da SBO.
Perigo
Estudante do Colégio Dante Alighieri, Bruno de Oliveira Fernandes Machado de Assis, de 15 anos, contou que o hábito de ouvir música alta no fone de ouvido já fez com que ele quase fosse atropelado. "Sempre ouço música na ida e na volta do colégio. Teve uma vez que fui atravessar a rua e não percebi o barulho do carro. Foi por pouco", disse.
Apesar de ainda ouvir música diariamente em volume acima do recomendado, ele disse que vem tentando reduzir a intensidade do som. "Antes eu ouvia praticamente no volume máximo do iPhone, mas minha mãe dizia que estava tão alto que todos que estavam próximos de mim conseguiam ouvir", contou o adolescente.
Realizado pela Proteste e Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), o levantamento mediu o volume do som escutado por 68 estudantes dos Colégios Marista Arquidiocesano e Dante Alighieri e verificou que 79,4% dos alunos ouviam música em volume superior a 85 decibéis, limite para evitar lesões auditivas.
O volume médio aferido pelos pesquisadores foi de 92 decibéis, que pode ser comparado, por exemplo, a uma batedeira. O volume máximo encontrado no caso de um dos estudantes foi de 109 decibéis, índice superior ao ruído feito por uma furadeira.
De acordo com Paulo Roberto Lazarini, médico otorrinolaringologista e presidente da SBO, ouvir música em volume superior ao recomendado por longos períodos de tempo leva a lesões nos receptores da cóclea, estrutura do ouvido responsável por captar os sons. "A perda auditiva, em menor ou maior grau, acontece a partir dos 50 anos, com o envelhecimento. O que vai acontecer com esses jovens é que poderão ter perdas mais severas ou precoces", afirmou. Participaram da pesquisa alunos com idade entre 11 e 18 anos.
Outro resultado que preocupou os pesquisadores foi o tempo de exposição ao som alto nos fones de ouvido. Segundo o estudo, 64% dos estudantes pesquisados ouvem música no fone de ouvido por um período superior a duas horas diárias. "No intervalo de 90 a 100 decibéis, índice médio que foi medido entre os estudantes, o tempo máximo de exposição não deve ultrapassar a duas horas", disse o presidente da SBO.
Perigo
Estudante do Colégio Dante Alighieri, Bruno de Oliveira Fernandes Machado de Assis, de 15 anos, contou que o hábito de ouvir música alta no fone de ouvido já fez com que ele quase fosse atropelado. "Sempre ouço música na ida e na volta do colégio. Teve uma vez que fui atravessar a rua e não percebi o barulho do carro. Foi por pouco", disse.
Apesar de ainda ouvir música diariamente em volume acima do recomendado, ele disse que vem tentando reduzir a intensidade do som. "Antes eu ouvia praticamente no volume máximo do iPhone, mas minha mãe dizia que estava tão alto que todos que estavam próximos de mim conseguiam ouvir", contou o adolescente.
Fabiana Cambricoli
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